Chore, Melhor Ainda Se implorar - Novel - Capítulo 120
✧ Um louco ✧
✧ Capítulo 120 ✧
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— Você se importaria de me dar um pouco de privacidade? — Matthias perguntou educadamente ao Dr. Etman assim que ele desligou o telefone.
Dr. Etman franziu os lábios, antes de suspirar em resignação e fez o que lhe foi dito. Assim que ele saiu, entrou Mark Evers. Matthias foi informado sobre o motivo da ligação, antes de chamar seu atendente para a sala.
E parecia que sua espera finalmente acabou enquanto ele ouvia o relatório completo de seu atendente. Mark relatou cada detalhe cuidadosamente, em voz baixa. E Matthias ouviu tudo ansiosamente.
Bill Remmer parecia ter um parente distante atualmente residindo em Lovita. E após mais investigações, eles conseguiram encontrar uma correspondência na descrição de seu jardineiro desaparecido e de sua amante, que havia chegado dentro de suas fronteiras na mesma época em que desapareceram.
Mark não tinha certeza de como essa notícia afetaria a ajuda do duque. Ele estava tão imprevisível ultimamente que nem tinha certeza se deveria relatar isso ao Duque. Mas ele era um servo da casa Herhardt, não tinha espaço para desobedecer ao seu mestre.
Talvez esta notícia revigore seu mestre de volta à sua condição normal.
— E onde eles estão em Lovita? — Matthias finalmente perguntou assim que Mark terminou seu relatório. O atendente se contorceu sob seu olhar intenso.
— Peço desculpas, meu senhor, mas ainda não obtivemos essa informação.
— Então descubra o mais rápido possível. — Matthias ordenou imediatamente. Ele estava aparentemente calmo, mas Mark podia começar a ler a urgência em suas ordens. Deve ser algo em sua atitude, mas ele sabia que seu mestre estava lentamente voltando ao normal…
Mesmo que algo estivesse um pouco errado com ele também.
E então o duque lhe deu um sorriso e Mark retirou sua declaração anterior de que algo estava errado. Em vez disso, sentiu vergonha de pensar tão mal de seu mestre.
Era um lindo sorriso, muito parecido com o de uma criança finalmente recebendo seu presente. Ainda assim, logo que Mark saiu do quarto para continuar a busca pelo Sr. Remmer e sua filha adotiva, ele não pôde deixar de estremecer, sentindo-se aliviado por estar fora do quarto.
Por um segundo, ele pensou que seu mestre havia enlouquecido.
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Assim que o tio Bill chegou, colocou cuidadosamente uma caixa no meio da mesa. Leyla veio ver o que ele trouxe para casa e viu uma bolsa de couro marrom na caixa.
À primeira vista, parecia bom, mas após uma inspeção mais detalhada, ela pôde ver o intrincado e delicado trabalho feito durante sua criação. Foi simplesmente lindo!
— Uau. — Ela engasgou baixinho, os olhos hipnotizados com o trabalho. — O que é isso? — ela perguntou a ele, e ele sorriu para ela.
— É um presente, — ele sorriu, — Para você.”
Os olhos de Leyla se arregalaram.
— Para mim? — ela engasgou, — Por que um presente para mim de repente?
— Devo precisar de um motivo para lhe dar um? — Bill falou provocativamente para ela, e Leyla não pôde deixar de sentir um calor dentro dela. Eventualmente, o sorriso de Bill tornou-se tímido enquanto ele esfregava nervosamente a nuca.
— Mas, se você realmente quer saber, é mais um presente de aniversário atrasado. — Bill admitiu: — Afinal, não poderia lhe dar um no seu aniversário de verdade este ano. — Ele sorriu tristemente, e Leyla sorriu para ele.
Agora que ela pensou sobre isso, ela esqueceu que seu aniversário também havia passado. Tantas coisas aconteceram quando a primavera começou a chegar, ela acabou esquecendo junto com o processo de esquecer muitas coisas.
— Bem, agradeço por ser tão atencioso, mas você não acha que isso é um pouco demais? — Ela perguntou preocupada, apesar de estar feliz por ter recebido algo bonito.
— Eu sei que parece caro, mas na verdade não era. Então não é nada demais.
— Eu não acredito em você.
— Bem, azar, porque você vai ter que acreditar na minha palavra. — Bill disse enquanto sorria para ela. Ele então gesticulou de volta para trás: — Então, o que você achou? Se você não quiser, acho que pode simplesmente jogá-lo no mar. — Ele murmurou baixinho, seu sorriso diminuindo para um pequeno em insegurança.
Imediatamente Leyla agarrou a bolsa assustada e a abraçou, antes de inspecioná-la mais de perto.
— Não tem como isso não ser caro. — Ela insistiu e Bill deu de ombros.
— Mas você gosta ou não? — Bill perguntou novamente, cortando Leyla no processo quando percebeu que ela abriu a boca novamente em protesto. — Caso contrário, se você continuar me perguntando o preço, posso simplesmente jogá-lo no mar para provar que não é caro.
Leyla ainda olhava preocupada para ele enquanto olhava a bolsa com ceticismo. Bill suspirou e sentou-se na mesa, indicando que Leyla fez o mesmo. Ela fez o que ele pediu, e ele lhe deu um sorriso gentil.
— Você sabe por que eu sei que não é caro? — Bill perguntou a ela com um sorriso, e ela mordiscou os lábios e balançou a cabeça. — Vou te contar.
Bill explicou a ela que não é o valor das coisas que indica o quanto uma coisa é cara. Ele comprou porque conhecia sua qualidade, e era ótima. E na vida, nada de grande qualidade é muito caro. Ele sabia que essa bolsa seria usada repetidamente. Carregando coisas que Leyla precisaria na vida e usando por mais anos.
— Então espero que você nunca mais se preocupe com o custo de cada presentinho que eu te der, Leyla. Eu não quero que você viva assim. A vida deve ser vivida ao máximo e fazer você feliz. E tudo que eu sempre quis para você, foi ser feliz com sua vida. — Bill terminou e gentilmente deu um tapinha na cabeça dela como fazia quando ela era criança.
Também foi um presente de desculpas para Bill. Ele ficou tão chateado por ter ficado tão cego pelos problemas dela em sua teimosia em acreditar que tudo estava bem com ela, que não conseguia parar de pensar em como havia falhado tanto com ela.
Ele a vigiava de perto hoje em dia e, comparado a antes, não era tão cego à óbvia agonia que ela vinha apresentando desde que deixou Arvis. Mudar-se para Lovita e, de repente, morar em Sienna não poderia ter tornado a transição tão fácil, dadas as circunstâncias em que eles tiveram que sair secretamente.
Ele queria vê-la feliz, mesmo que fosse um pouco.
Foi estranho, apesar de saber que ela cresceu, sabendo que horrores ela teve que passar. Ele não podia deixar de vê-la como uma criança. Às vezes, ela ainda estava, como se ainda estivesse presa naquela mentalidade de ansiedade e medo.
Foi doloroso para ele como ele nunca poderia ajudá-la totalmente.
Ele observou enquanto Leyla olhava para a bolsa sob uma nova luz, e agora estava olhando para ela como antes. Em admiração.
— Então, você vai aceitar agora, de todo o coração? — Bill perguntou a ela suavemente, observando seus dedos traçarem os pontos nas costuras. — Ouvi dizer que este fim de semana vai ser bom, — Bill de repente falou, — Não é ruim sair e fazer um piquenique juntos, você não acha? — Ele falava pensativo.
Piqueniques não eram realmente o seu forte, mas quando ele viu Leyla se animar com a ideia e acenar com entusiasmo, ele se viu determinado a torná-lo o melhor deles.
— Sim tio. — Ela sorriu e agarrou a mão dele com força. — Vamos fazer um piquenique neste fim de semana.
***
E quando chegou o fim de semana e tudo estava preparado, Bill e Leyla saíram de seu pequeno apartamento e caminharam de mãos dadas. Ela se agarrou a ele ansiosamente como sempre fazia quando criança. Bill não conseguia encontrar em si mesmo para se afastar de seu alcance.
Não quando ela estava tão feliz.
— Oh! Leyla, você está saindo com seu pai? — A vizinha do andar de baixo gritou quando os viu descendo. Os dois pararam e trocaram algumas gentilezas curtas e, quando se afastaram, Bill notou uma pequena coisa.
— Leyla, — Bill chamou suavemente, e Leyla acenou em reconhecimento, — Você não a corrigiu.
— Sobre o que?
— Quando ela me chamou de seu pai.
Leyla franziu os lábios e deu de ombros. Não era novidade para ela. A maioria das pessoas aqui pensava que eles eram de fato pai e filha, e Leyla nunca sentiu a necessidade de corrigi-los. Mas agora que seu tio estava perguntando sobre isso, ela não podia deixar de se sentir constrangida, apertando-o distraidamente.
Ela olhou para Bill nervosamente para avaliar sua reação.
Enquanto isso, Bill não podia deixar de se sentir pior do que antes.
Ele, o pai de Leyla? Um homem pobre que vendeu esta criança maravilhosa para um homem terrível como um duque, enquanto ele continuava e desfrutava dos frutos de seu sofrimento?
Como ele poderia se chamar de pai dela? Como alguém poderia chamá-lo de um? Concedido, ele não sabia o que estava pagando com todos os favores que o Duque lhe concedeu, mas isso não ajudou a vergonha que ele tinha de si mesmo por ser tão crédulo!
Ele não merecia ser chamado de pai dela.
O resto da caminhada continuou em um silêncio tenso, além disso, Bill agonizava com o pensamento de suas falhas em cuidar e protegê-la. Ele tentou aliviar sua preocupação com ele, dizendo que não estava chateado por ser chamado de pai, e o sorriso de Leyla voltou e passou a compartilhar muitas coisas que ela vinha experimentando desde que chegara a Lovita.
Mas cada comida ingerida era como uma pedra descendo por sua garganta, cada passo parecia uma corda apertando seu pescoço. A gravidade de sua ignorância piorou com o conhecimento de que ela o via como seu pai.
Foi uma revelação agridoce.
Ele também tinha orgulho de chamá-la de filha, mas não era tão orgulhoso de ser chamado de pai.
Eles finalmente chegaram à praia e viram como estava festivo!
As areias eram brancas e lindas, enquanto as ondas azuis batiam suavemente na costa. Eles podiam ver carrinhos alinhados com flores e comida nas laterais. Bill silenciosamente a levou até a barraca de sorvete e comprou uma casquinha para os dois.
Ele sabia que Leyla tinha problemas para engolir comida ultimamente, mas ela engoliu o sorvete com entusiasmo de qualquer maneira.
Caminharam e conversaram, curtindo a brisa do mar nos cabelos. A certa altura, Leyla optou por tirar os sapatos para sentir a areia fina sob as solas, mexendo os dedos dos pés até ficarem cobertos pela areia.
Ela foi em frente e se divertiu com a sensação da praia enquanto Bill a observava ir em frente e se divertir sozinha.
Ele riu de alegria ao observá-la. Era assim que ela deveria ser sempre.
Feliz.
Ambos perderam a noção do tempo, cada um se divertindo à sua maneira antes de finalmente decidirem que era hora de voltar para casa. No dia seguinte, quando ambos sentados à mesa do café da manhã, rindo e fazendo piadas sobre as dores leves em seus corpos, Bill sentiu algo em seu peito começando a se acalmar, algo que ele não conseguia fazer desde ontem.
Não importava como ele era chamado, no final das contas, um título é apenas um título. A essência dele e de Leyla, isso era o que importava.
E eles sempre foram e serão uma família. E isso foi uma coisa real, e foi lindo, e algo para se orgulhar.
Agora que ele estava fora de seus pensamentos, e de volta a ficar atento, ele reconheceu algo diferente na forma como Leyla continuou olhando para ele. Como se ela ainda estivesse preocupada com alguma coisa e não tivesse certeza de como consertar.
— Leyla, você quer me perguntar alguma coisa? — Bill perguntou a ela com preocupação, e ela sorriu para ele com força e balançou a cabeça.
— Não, não tem nada. — Ela respondeu. Bill sorriu de volta para ela e esfregou as mãos.
— Bem, então, aqui está mais uma semana de trabalho! Vamos, não queremos nos atrasar. — Bill falou jovialmente antes de se levantar e se preparar para o trabalho. Ele não conseguia descobrir o que poderia estar deixando-a preocupada.
Por fim, os dois saíram de casa e começaram a caminhar juntos para seus respectivos trabalhos. Assim que entraram na praça e chegaram à bifurcação da estrada, notaram que uma grande multidão havia se reunido em frente à prefeitura.
Certos choros e lamentos de mães e mulheres podiam ser ouvidos, fazendo com que Leyla olhasse para elas preocupada.
— Vou em frente e dar uma olhada. — Bill resmungou baixinho para ela, e ela assentiu.
Os olhos de Leyla estavam varrendo a multidão dispersa e não pôde evitar que voltasse a revirar o estômago. De alguma forma, ela sabia que não era a náusea que estava por vir.
Todo o ambiente na praça havia mudado drasticamente. Normalmente era tão vibrante e cheio de vida, mas agora era como se Leyla tivesse acabado de entrar em um funeral. Ela apressadamente começou a seguir seu tio através da multidão, os soluços e murmúrios baixos de garantias de que eles ficariam bem estavam começando a soar ao seu redor…
Leyla engasgou quando seu estômago caiu ao ler o anúncio no corredor.
Havia uma guerra acontecendo. E todos os homens estavam sendo recrutados para o serviço militar.
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— Olha, se você está gravemente doente, então adie o casamento. — O conde Brandt bufou enquanto olhava para a filha: — Além disso, embora eu entenda que a imagem é tudo, certamente casar com alguém doente não é tão prejudicial à sua reputação. — Ele apontou.
Podia-se ouvir gelo batendo em um copo enquanto Claudine derramava cuidadosamente um pouco de ponche no copo e tomava goles cuidadosos enquanto sua mãe descansava alguns assentos ao lado dela.
— Não estou doente. — Claudine respondeu com firmeza, um pouco irritada por seu pai pensar que ela havia adoecido com a doença de Matthias quando ela a visitou. Ela começou a olhar para os jardins, a mente ainda cambaleando de raiva pela decisão de Matthias.
— Bem, você está ficando magra, quase não dorme, quase não come. — O conde Brandt persistiu: — Pelo que ouvi, o duque apresentava os mesmos sintomas. — Ele resmungou preocupado.
— Mesmo que eu estivesse gravemente doente, é mais impertinente realizar o casamento o mais rápido possível e não adiá-lo. — Claudine praticamente gritou com ele, antes de respirar profundamente para se acalmar. Perder a paciência com o pai não era apropriado.
O casamento do verão passado não deveria ter sido adiado. Ela percebeu agora o erro da decisão. Ela deveria ter feito o casamento acontecer, em vez disso, aqui estava ela, agora sofrendo as consequências de sua falta de previsão.
Matthias teve a audácia de dar a ela uma semana para fazer o anúncio, chegou a dizer a ela que aceitaria qualquer história que eles quisessem contar, como fazer com que os Brandts fossem quem decidiu romper o noivado.
Ele não seria dissuadido por nada e não reagiu a tudo o que ela disse.
Ele realmente tinha enlouquecido.
Só de pensar mais nele fazia seu sangue ferver com sua contínua indiferença às revelações dela e ao que ela disse a Leyla.
Como ele ajudou a Sra. Etman a orquestrar as consequências do noivado de Leyla e Kyle, como ele praticamente pisou na dignidade e no trabalho duro de Leyla ao torná-la sua amante.
No entanto, tudo o que ele tinha era uma calma pacífica, dificilmente incomodado por seus atos hediondos. Ele simplesmente disse a ela novamente que ela tinha uma semana para aceitar o noivado rompido.
— Oh, sério, estou tão preocupada com você Claudine, e se você realmente pegou a doença dele? Pense na sua saúde! Como você vai ter filhos se está tão doente?
Claudine lançou a seu pai um olhar seco enquanto ele continuava a se preocupar e andar. Oh, as pequenas preocupações de um homem. Ela não pôde deixar de desejar poder ver dentro de seus cérebros e abri-los, vendo que outras preocupações triviais eles tinham em suas mentes superficiais.
Então, novamente, ela deveria fingir estar doente afinal? Se tal doença existisse, poderia ser benéfico fazê-lo. Ainda…
— Eu irei me casar. — Claudine disse a seus pais com confiança.
Ela planejava ainda se casar com o duque. Ela odeia o duque a ponto de estar praticamente cansada de falar sobre ele, mas já desistiu de tanto. Este casamento vai acontecer, nem que seja apenas para amarrar Matthias à sua miséria também.
Mas a questão agora é como? Como ela garantirá o casamento?
Matthias deixou claro que nada o impediria de conseguir o que queria. Ainda mais claro, ele pode fazer o que quiser. Se os Brandts não usassem a semana de graça que ele havia dado a ela, ela tinha poucas dúvidas de que ele continuaria e anunciaria ele mesmo que eles haviam terminado.
“Tudo por causa de uma menina órfã humilde.” Claudine fervia enquanto tomava mais goles de seu ponche.
De repente, uma comoção veio na forma de uma empregada, chamando-os freneticamente! Claudine olhou para os pais com certo alarme, antes que a criada irrompesse pelas portas da sala de estar, parecendo positivamente em pânico.
— Meu Senhor! Minhas senhoras! — Ela cumprimentou, fazendo uma mesura rápida, antes de se endireitar mais uma vez.
Era Maria. Claudine a conhecia há muito tempo, e ela sabia que a empregada leal dificilmente agia freneticamente com qualquer coisa. Ela normalmente era tão calma…
Mas agora ela estava apenas pálida.
— O que aconteceu?
— Por que você está fazendo tanto barulho?
Sua mãe e seu pai perguntaram a ela. Maria finalmente explodiu em soluços de pânico enquanto estendia uma declaração para eles verem.
— Haverá uma guerra! — Ela lamentou: — Uma guerra acontecerá atualmente!
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Tradução: Eris
Revisão: Viih
✧ MAID SCAN ✧