Chore, Melhor Ainda Se implorar - Novel - Capítulo 129
✧ Corrente ✧
✧ Capítulo 129 ✧
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— Vamos, pare de ser teimosa, — Matthias resmungou suavemente quando viu a comida preparada para ela permanecer intocada.
Leyla permaneceu imóvel em seu lugar, os olhos recusando-se a olhar para ele.
— Que mulher egoísta você realmente é, Leyla. Pensando em ninguém além de si mesmo. — Matthias continuou, suspirando de decepção, antes de se levantar de seu assento para se aproximar de Leyla.
Ficou claro em pouco tempo para Leyla que nenhuma resistência dela jamais o convenceria de que tê-la com ele era mais uma perda do que liberá-la. Como tal, ela estava decidida a se tornar tão sem vida e chata quanto uma boneca para ele.
E então ela se recusou a comer, beber e até mesmo falar. Ela se moveu quando ele a moveu, e olhou para o nada mesmo quando ele a forçou a olhar para ele.
Ela só existiria e dormiria em sua presença.
— Pense no nosso filho. — Ele cantarolava ao lado dela.
— Meu filho… — A voz rouca de Leyla protestou suavemente. — Você não é o pai do bebê… você nunca será pai.
Foi suave e rouco, a primeira vez que ela falou de novo desde que foi ameaçada de não pronunciar o nome de Kyle novamente. Também era uma prova de como sua garganta ficava seca quando ele não estava forçando bebidas e comida em sua garganta.
Faz apenas meio dia desde que eles se encontraram novamente, mas já parecia que o pesadelo era interminável com ele por perto.
Apesar da rejeição contínua de sua paternidade para seu filho, Matthias a ignorou enquanto se ocupava em pegar um pouco de comida para alimentá-la. Satisfeito, ele sorriu para ela enquanto segurava firmemente o garfo cheio de comida contra seus lábios.
— Estou disposto a assumir total responsabilidade por você e nosso filho, Leyla. — Ele cantarolou baixinho: — Tenho certeza de que você sabe muito bem como posso sustentar vocês dois.
— Eu não me importo! — Leyla sibilou para ele: — É meu filho. Não terá nada a ver com você. Portanto, não preciso de sua responsabilidade. — Ela bufou, afastando o queixo da comida que ele estava segurando para ela.
“— Se você não quer minha responsabilidade, então que tal meu testamento? — Matthias sorriu para ela quando ela se virou para encará-lo, — Afinal, eu não sou seu Deus? Minha vontade não deveria ser feita?”
Ele gentilmente colocou o garfo no prato dela, enquanto suas mãos caíam para pegar as dela.
— Afinal, também foi minha vontade que criou esta criança. — Ele sorriu amorosamente para ela. Ele então levou a mão dela para o prato, curvando os dedos no garfo, guiando-o enquanto cavava a carne delicada em seu prato.
Satisfeito por ela ter cooperado parcialmente mais uma vez, o aperto no garfo ficando mais forte, Matthias enviou a ela outro sorriso satisfeito antes de voltar para seu próprio assento para terminar sua refeição.
Leyla o encarou enquanto ele jantava vagarosamente em frente a ela. Em sua indignação, seu aperto no garfo aumentou, e ela o jogou no chão enquanto se levantava, arrastando um pouco de comida com ele enquanto se espalhava pelo chão.
Ela caiu no chão com um baque surdo. Os olhos dela queimaram buracos nele com raiva. Matthias suspirou desapontado mais uma vez, levantando a cabeça para encontrar seu olhar antes de franzir a testa para a comida derramada no chão.
— Se você vai me matar, faça isso! — Leyla exigiu: — Não fique aí sentado me alimentando como um porco para o abate! Apenas me mate já!
Ela arfou enquanto exigia que ele fizesse o que havia prometido, e Matthias soltou um suspiro desanimado, antes de se levantar mais uma vez e se curvar para pegar o garfo que ela jogou fora. Ele o colocou de volta na mesa, os olhos ainda segurando o olhar dela.
— Oh, acredite em mim, eu pretendo fazer exatamente isso— Ele disse suavemente para ela: — Afinal, fiquei bastante desesperado ultimamente. — Ele meditou com um leve sorriso que realmente não alcançou seus olhos.
— Eu planejei fazer isso assim que te encontrasse, mas surgiram surpresas inesperadas. — Matthias sorriu quando seu olhar caiu para o estômago dela, — Se você ainda estivesse sozinha, você estaria morta agora, Leyla. Mas, infelizmente, nosso filho não merece morrer com você. Então você vai ter que viver um pouco mais, não concorda?
Rapidamente, ele se virou para sair da sala, agarrando o garfo a reboque. Leyla ouviu o som familiar de uma fechadura se fechando e soube que não conseguiria sair da sala.
Ela estava presa como um rato em uma caixa de quebra-cabeça. Ela imediatamente se afastou da mesa, ficando firmemente em frente à janela e olhando para fora, para o exército que lentamente transformava Sienna em parte de Berg.
Pouco depois de sair, ele voltou, agora com um garfo novo e limpo nas mãos. Um arrepio percorreu sua espinha com a entrada dele, os ouvidos atentos para ouvir cada movimento dele.
No reflexo do espelho, ela podia vê-lo pegando uma faca de carne na mesa.
— Sem você olhando para mim, de repente me sinto tão confiante. — Matthias refletiu com ela, e ela não pôde deixar de tremer de raiva.
— Saia! Saia de perto de mim! Deixe-me sair já! — Ela exigia incessantemente, mas Matthias a deixou irada, antes de responder de maneira calma.
— Oh Leyla, pensei que você fosse mais esperta do que isso. — Ele falava, o garfo agora colocado na mesa, bem ao lado do prato ainda cheio dela. Ele agora brincava com a faca de carne na mão.
Leyla olhou para ele com cautela. Ele apontou para a mesa de cabeceira.
— Há uma arma bem ali, o tempo todo. — Ele falou, antes de estalar a língua em decepção por ela ter perdido.
Ele olhou para ela e para a janela atrás dela.
— Você realmente planeja ir assim?
— Que escolha eu tenho? Eu não pretendo voltar com você! Nunca! — Ela gritou para ele, afastando-se da janela desta vez, e colocando mais distância entre eles…
— Eu não quero ser sua amante! Eu nunca vou voltar com você!
Matthias de repente riu, balançando a cabeça, antes de suspirar. Ele olhou para Leyla por um momento.
— Você está tão certa de que é realmente o que eu quero? — Ele perguntou a ela com um sorriso. Leyla ficou imóvel, franzindo as sobrancelhas enquanto se perguntava aonde ele queria chegar. — Você realmente acha que eu sou o mesmo homem que eu era? Tão facilmente enganado por uma mera amante?
Os pensamentos de Leyla ficaram em branco com suas palavras.
Isso era diferente. Este homem era diferente.
Este não era o Matthias von Herhardt que ela aprendera a conhecer e observar. Isso era tão diferente de como ela o conheceu antes, e a deixou tão confusa! Seus olhos pousaram em seu estômago mais uma vez.
— Leyla, você não sabe que está matando o bebê? — Ele falava pensativamente, enquanto ela cerrava os punhos ao lado do corpo. Ele então riu baixinho para ela, antes que seus olhos ficassem frios. Seus dedos equilibravam a faca entre eles.
— O que você quer de mim? — Leyla sibilou para ele em um sussurro, os olhos se arrastando no chão. Ela se moveu novamente, de costas para a janela mais uma vez, pressionando contra ela.
Matthias deu de ombros para ela, efetivamente deixando cair a faca com um baque surdo no chão.
— Coma primeiro, depois discutiremos o que pretendo fazer com você depois. — Ele a comandou com um sorriso, estendendo a mão enquanto gesticulava para ela se sentar na mesa como o cavalheiro que ele se apresentava.
— Afinal, eu preciso alimentar meu filho, não é? — Ele perguntou a ela com uma inclinação, e Leyla olhou para ele com um desgosto velado.
— Não é seu filho. — Leyla declarou: — Não importa quantas vezes você diga isso, continuarei negando.
— Leyla, — ele suspirou, — eu entendo perfeitamente, e pretendo fazer o que prometi para matar você. Mas é muito difícil fazer isso enquanto meu filho ainda está dentro de você. Fique tranquila, assim que sair de você, seus desejos serão atendidos. — Ele sorriu para ela serenamente.
Um tilintar, e ele olhou para baixo para ver a faca no chão.
Ele estalou a língua com um leve desgosto, chutando levemente a faca caída para longe dele, antes de pegar uma segunda faca na mesa e começar a cortar o bife dela para ela, ele mesmo.
— Como tal, estes são tempos difíceis que temos pela frente, então coma.
— Eu não quero ser rude, mas me incomoda comer comida com gente como você ao meu redor. — Leyla bufou, virando o rosto para longe dele enquanto ele cortava a comida para ela. O brilho no canto de seus olhos fez Matthias soltar uma gargalhada.
Ele se perguntou o que mais poderia dizer.
Tão indignada e teimosa, ela parecia um cachorrinho mimado que ainda não havia enfrentado a dureza do mundo ao seu redor. Ah, mas Matthias não se sentiu muito mal com isso. Ele esqueceu como era revigorante testemunhar alguém agir de forma tão descaradamente desrespeitosa com ele.
É uma das coisas que a tornava tão interessante para ele. Ah, se ela soubesse que era sua obstinada recusa e rejeição a ele que apenas o deixavam ainda mais louco por ela, então ela teria abandonado há muito tempo tal tratamento para com ele.
— Então, que tal você agir? — Ele se abaixou para sussurrar bem próximo ao ouvido dela: — Você é boa em atuar, não é? — Ele brincou com ela, e Leyla virou a cabeça, o rosto corando de raiva mal disfarçada por suas palavras!
Matthias então pegou seu copo de água e tomou um gole, acalmando sua garganta.
— Para ser sincero, fiquei bastante surpreso com a eficácia com que você conseguiu fazer isso. — Ele a elogiou: — Quem diria que você poderia agir tão perfeitamente assim? — Ele sorriu para ela e Leyla se levantou!
— Perfeitamente?! Você não sabe o que eu senti passando por isso! — Ela exclamou, apertando as duas mãos em volta das orelhas. Mas Matthias apenas piscou para ela em confusão.
— Por que você está tão louca? Foi um elogio, na verdade. — Matthias apontou para ela, mas ela apenas balançou a cabeça teimosamente, os braços ainda cobrindo os ouvidos em protesto. — Afinal, foi por suas próprias ações brilhantes que nosso bebê foi concebido.
— É meu! Não é teu! Nunca o seu!
— Na verdade, você estava agindo tão bem em estar apaixonado por mim, talvez pudéssemos chamá-lo de nosso filho amoroso, não é?
— Pare com isso!
— Sim, embora você estivesse atuando, era o princípio dos atos, não era?
— Eu disse pare!
— Você estava fingindo que me ama, então era uma criança feita de amor, não é?
— Eu disse para parar com isso! Pare de falar sobre o meu bebê!
Matthias ficou quieto enquanto observava Leyla enrolada em si mesma, as mãos ainda pressionadas firmemente contra as orelhas, os olhos bem fechados na frente dele. Seus dedos longos e finos circularam a borda de seu copo de água enquanto ele a observava, esperando que ela finalmente se acalmasse novamente.
Lágrimas caíram de seus olhos, e Leyla começou a fungar e choramingar baixinho na frente dele. Matthias riu, balançando a cabeça ligeiramente, antes de cair ao lado dela em um joelho, abaixando-se ainda mais para sussurrar em seus ouvidos…
— Então aja como se fosse novamente. — Ele disse a ela.
Ela agia como se o amasse tanto porque queria tanto fugir e escapar dele, não é?
— Dê-me outro de seus atos de classe mundial, porque desta vez, não apenas sua liberdade, mas sua vida também depende disso. — Ele murmurou contra ela, beijando-a levemente contra a parte de trás de sua orelha.
— Eu não vou, — ela fungou, — Você não pode mais me obrigar a fazer nada com seus truques cruéis. — Leyla fervia com ele, e Matthias arqueou uma sobrancelha.
— Truques? — Matthias perguntou incrédulo, antes de rir de diversão, — Ah minha Leyla, isso não é nenhum truque, mas uma mera tolerância de sua existência continuada. — Ele suspirou.
— De qualquer forma, não vou beber nem uma única gota de água até que você me deixe livre. — Ela sibilou para ele: — Não importa o que você faça, ou o que está em jogo, não farei nada para prolongar minha vida.
Mesmo agora, ele ainda conseguia entrar debaixo de sua pele, para fazê-la sentir como se insetos rastejassem em suas veias. Ele ainda tinha o poder de humilhá-la completamente.
E talvez isso sempre seja verdade. Porque ela não podia mudar seu passado, por mais que tentasse.
Ela sempre seria a mulher que ele tinha violado, coagida a ficar com ela durante todo o inverno e um pouco mais para ser sua amante. Para ela ser tão desavergonhada e horrivelmente desfilada como seu troféu…
Não havia mais nada que ele tivesse que segurar para ela.
— Você deveria se trocar. — Matthias de repente se intrometeu, interrompendo os pensamentos mórbidos de Leyla. Ele então se levantou em toda a sua altura. Quando ele estava prestes a se afastar para pegar uma muda de roupa que queria para ela, ele fez uma pausa e se virou para ela.
— Você sabia que Kyle está preso agora? — Ele casualmente perguntou a ela, e os olhos de Leyla se voltaram para ele, todos arregalados e cheios de preocupação. — Sim, por sua causa, que tive que tomar medidas drásticas.
— O que? — Leyla perguntou estupidamente, antes de lutar para se levantar: — Prisão? Você o trancou na prisão? Como você pode fazer aquilo!?
Matthias franziu a testa para ela com um leve beicinho.
— É injusto como você está me culpando por essa Leyla, — ele raciocinou, — Afinal, não foi minha influência que o levou a ser insubordinado e atacar seu superior, não é?
— Mentiroso! É sua culpa! — Leyla atirou de volta para ele, lágrimas caindo de seus olhos e Matthias sorriu para ela antes de encolher os ombros.
— De qualquer forma, ele ainda está na prisão, e ah, — Matthias de repente falou, — provavelmente morrendo de fome também. — Ele disse a ela com um sorriso. — Então você vê, não é minha culpa que ele foi arrastado para a prisão, é sua. — Ele disse a ela.
— Mas a fome é culpa minha. — Matthias sorriu para ela com orgulho, antes de se sentar em sua cadeira e se recostar no encosto para se reclinar enquanto cruzava as pernas.
— Você vê que eu especificamente dei a eles uma ordem para não dar comida a ele ainda. — Ele elaborou para ela, — Eu só vou ordenar que eles dêem a ele tanto quanto você come, afinal. Então, se eu não vejo você comendo ou bebendo nada, então… Kyle Etman também não. — Ele terminou com um sorriso em sua direção.
Leyla olhou para ele com ódio, as lágrimas fluindo livremente pelo rosto enquanto ela estava diante dele.
— Você é mesmo humano? — Ela não pôde deixar de perguntar em voz baixa.
Primeiro ele balançou a liberdade de seu pai na frente dela.
Agora ele balançava a saúde e a vida de Kyle acima de sua cabeça mais uma vez.
— Sempre, sempre, você continua fazendo isso comigo… — Ela sussurrou para ele. Suas mãos agarraram a borda da mesa, os nós dos dedos ficando brancos com raiva silenciosa. — Primeiro Tio Bill, e agora… — ela mordeu os lábios, impedindo-se de pronunciar o nome de Kyle.
Matthias piscou.
Bill Remmer.
Agora, esse é um nome que ele não ouvia há algum tempo. E a primeira vez que ele ouviu falar de Leyla desde que a encontrou novamente. Mas Matthias controlou sua expressão de volta à indiferença, quando Leyla bateu as palmas das mãos sobre a mesa, seu conteúdo chocalhando com o impacto repentino.
Ele observou enquanto o corpo dela se contorcia na frente dele, antes que ele visse as mãos dela em punho nas costuras da toalha de mesa. Não era difícil prever o que ela faria a seguir.
Em pouco tempo, Leyla puxou a toalha da mesa, arrastando todos os pratos, comidas e bebidas da mesa, deslizando-os e desperdiçando-os para não poder comer nada! Os utensílios bateram ruidosamente no chão, pratos e copos se despedaçando ao atingirem o solo sólido.
Ela olhou para Matthias com ódio enquanto o fazia. Ele só podia rir em pensamento.
— Pobre Kyle Etman, — ele pensou em voz alta antes de suspirar como se não quisesse fazer isso, — acho que ele vai estar morrendo de fome então.
Ele sacudiu o guardanapo para enxugar levemente o molho que respingou em suas roupas antes de se levantar e começar a se afastar dela. Ela observou enquanto ele saía pela porta, fechando-a atrás de si suavemente.
Logo foi seguido por uma série de sons de fechaduras e correntes se encaixando, antes que ela ouvisse os passos dele começarem a desaparecer…
E então o silêncio frio começou a fazer companhia a ela mais uma vez.
Ela afundou de volta em seu assento macio, o corpo tremendo com raiva mal contida, frustração e medo.
Na luz quente do sol da tarde, Leyla permaneceu sozinha na tempestade que ela havia feito ao seu redor. Ela passou os braços em volta dela, tentando imitar a maneira como seu pai costumava envolvê-la com segurança em seus braços e fechou os olhos com força, na esperança de bloquear a confusão em que estava presa.
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Algum tempo depois, um soldado de plantão passou pela porta trancada no corredor. Já fora o quarto designado pelo major, mas agora, com todas as fechaduras feitas às pressas e correntes do lado de fora, poderia muito bem ser uma prisão improvisada.
A notícia na rua era que o major mantinha uma mulher grávida dentro dele. E ninguém entraria ou sairia, além dele, e ele sozinho. Sempre que o Major saía, ele se certificava de que todas as fechaduras estavam seguras e no lugar.
Desde que chegara a Sienna, não era o mesmo major indiferente. Outros teorizaram que ele finalmente enlouqueceu com a guerra.
A apreensão começou a enchê-lo, enquanto suas mãos trêmulas se estendiam em direção às fechaduras, os olhos disparando para a esquerda e para a direita para se certificar de que ninguém estava vindo.
Foram emitidas ordens para não entrar. Mas desta vez, ele recebeu ordens para fazer diferente.
— É só um pouco —, ele sussurrou para si mesmo, tranqüilizador, — Sim, apenas um pequeno pico.
Desfazendo suavemente cada fechadura e envoltório de correntes, ele abriu ligeiramente a porta do quarto, limpando a garganta silenciosamente em seu nervosismo. Assim que ele espiou, uma mulher, que estava sentada na frente das janelas, virou-se.
Seus olhos primeiro se arrastaram para a bagunça no chão, parecendo absolutamente horrorizados com o estado da sala.
— Isto é… — Ele murmurou baixinho, antes de olhar nos olhos da única pessoa na sala. Ela parecia mais pálida do que deveria.
Ele engoliu em seco, seu aperto na escassa refeição que ele trouxe apertando enquanto ela estreitava os olhos para ele criticamente. Ele o estendeu para ela, como uma oferta de paz…
— A-Aaqui, — ele gaguejou, — coma isso pelo menos. — Ele suavemente se ofereceu para ela, olhando sua barriga de bebê nervosamente, — Se não fosse por você, pelo menos pelo seu filho. — Ele acrescentou suavemente.
Quando ela ainda o olhava com cautela, ele decidiu continuar.
— Não se preocupe, o major Herhardt não sabe que estou aqui. — Ele acrescentou, como um pequeno consolo. Ela pode ter ficado com a impressão de que ele recebeu ordens de entregá-lo a ela.
Ele havia recebido. Mas ele não ia dizer isso a ela, para que ela não quisesse comesse mais.
Ele não entendia para que servia tudo isso, nem por que ela estava sendo detida. O resto de seus problemas estaria resolvido se o Major apenas deixasse essa mulher ir. De qualquer maneira, não havia nada que ele pudesse fazer além de seguir ordens.
— Não se preocupe, ele não sabe que estou aqui. Você não terá problemas por comê-lo. — Ele encorajou quando ela ainda se recusou a sair de seu lugar: — Eu prometo que ele não sabe.
Docilmente, ele colocou a comida na mesa, afastando-se lentamente.
— Estarei de volta em meia hora para pegar a bandeja. Coma bem então, — ele sussurrou para ela enquanto saía da sala, agarrando a maçaneta para fechar a sala de volta.
Sua tarefa foi cumprida, e a comida que o major ordenou que lhe fosse dada foi entregue com sucesso, se não foi recebida. Ela ainda estava olhando para o retiro dele, antes de seus olhos olharem para a refeição coberta por uma cúpula prateada.
Ele fez uma pausa, imaginando se talvez não devesse ficar para vê-la comer. Ou ele deveria voltar mais tarde para checá-la, como ele disse?
— Ei… — uma voz suave o chamou, e ele olhou para cima imediatamente para ver a mulher agora ansiosamente inquieta na frente dele.
Ele fez um pequeno ruído assustado, antes de se acalmar.
— Kyle —, ela sussurrou, —ele está realmente na prisão, agora?
O soldado piscou, antes de tentar se lembrar dos recém-lançados para a prisão.
— Kyle, Kyle… oh, Kyle Etman? O médico particular? — ele perguntou mais para esclarecer, e ela deu a ele um aceno conciso.
— Sim, é ele. — Ela confirmou suavemente: — Então … ele está realmente na prisão?
Ele franziu a testa para a pergunta em confusão, antes de eventualmente acenar para ela.
— Sim, ele foi jogado na prisão recentemente. Algo sobre insubordinação e ataque a um comandante.
O silêncio reinou entre eles mais uma vez, e o soldado se contorceu. Ele não tinha um bom pressentimento sobre interagir mais com esta mulher. Era melhor que ele partisse agora antes que ele inadvertidamente insultasse ou menosprezasse alguém poderoso.
— Bem, coma. Eu estarei de volta em breve. — Ele se despediu apressadamente, antes que ela falasse mais uma vez.
— Você pode dar isso para Kyle, em vez de deixar aqui?
O soldado parou quando estava prestes a fechar a porta atrás de si. Ele abriu de volta para olhar para ela incrédulo.
— O que?
— Você pode dar a refeição para ele em vez de dar para mim? — Ela perguntou de novo, agora em suas mãos a bandeja que ele havia deixado em sua mesa.
— Eu, ah…
Tantas coisas poderiam dar errado se ele cedesse aos desejos da mulher. Em primeiro lugar, ele desobedeceria ordens diretamente, minando a autoridade de seu superior. Ele poderia muito bem seguir Kyle Etman para a prisão por desobediência também!
Eles podem até ter células próximas umas das outras!
— Eu, eu não sei. — Ele murmurou: — Eu posso me meter em encrencas se fizer isso. — Ele disse a ela se desculpando, e observou seus ombros caírem.
— Eu, sim, isso é verdade. — Ela bufou em resignação, — Me desculpe por pedir para você fazer isso. Obrigado, porém, pela refeição. — Ela disse a ele com um leve sorriso.
Ele deu a ela um aceno conciso e suavemente fechou a porta na cara dela, rapidamente colocando e prendendo as fechaduras de volta no lugar.
Antes que ele pudesse fechar a porta, porém, ele observou quando ela se aproximou da refeição e a descobriu para revelar um pedaço de sanduíche e uma lata de refrigerante. Ele não pôde deixar de se sentir um pouco ofendido pela pobre refeição que havia preparado.
Era muito diferente do que ele sabia que os nobres oficiais comiam, no entanto, era impossível mudar a refeição para algo mais substancial para uma mulher de sua condição.
Ele só esperava que ela comesse assim que ele partisse.
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Tradução: Eris
Revisão: Viih
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