Chore, Melhor Ainda Se implorar - Novel - Capítulo 133
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✧ Sonho assustador e triste ✧
✧ Capítulo 133 ✧
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Matthias recostou-se e fechou os olhos assim que terminou. Ele permaneceu impassível mesmo diante da morte nas mãos de Leyla.
Ela arrastou a arma para ele ainda trêmula, engolindo a bile com o pensamento de ter que matá-lo. Ela nunca havia disparado uma arma antes, apesar de ter assistido a inúmeras caçadas em Arvis.
Ele sempre fazia matar parecer tão elegante, apesar dela saber que era um esporte brutal.
Então, realmente, ele deveria ter previsto isso.
Apenas uma bala. Tudo o que ela precisava era atirar nele uma vez, e ela estaria livre!
O dedo de Leyla estava agora no gatilho. A mão dela tremia muito, mas ela precisava ser firme com isso! Ela estava parada e mirando a arma, mas estava sem fôlego, quase como se tivesse corrido uma distância muito longa.
As lágrimas não paravam de cair, e ela não sabia para quê!
Ela não sabia.
Sua cabeça estava gritando para ela fazer isso!
Mas todo o seu corpo se recusou a fazê-lo.
O que havia de tão errado com o que ela estava prestes a fazer? É o que aquele maníaco assustador, cruel e amigável também quer! Ele a está encorajando a puxar o gatilho também. Agora, se ela fizesse isso, ela não sabia o que aconteceria com ela e seu filho.
Ela ficaria para sempre sem noção do que fazer ou como fazer qualquer coisa! Ela não poderia sobreviver sozinha!
Ela não poderia fazer isso sozinha!
Leyla soltou um grito alto de frustração, soluçando abertamente enquanto caía de joelhos.
Languidamente, Matthias abriu os olhos, aterrissando na forma amassada e desesperada de Leyla no chão.
Ela parecia tão adorável, toda coberta de bolo e creme, enquanto suas mãos estavam moles com a arma com a qual ela o estava ameaçando.
Tão lamentável, tão feroz e, oh, tão linda.
Enquanto Matthias olhava para ela em silêncio, os soluços de Leyla ficaram ainda mais altos e desesperados. Ela apertou a arma antes de apontá-la para ele novamente.
Um sorriso surgiu em seus lábios com o quão teimosa ela estava sendo. Ele finalmente se moveu para finalmente se levantar, ao que Leyla tentou fazer a mesma coisa também, mas apenas perdeu o equilíbrio e tropeçou ainda mais no chão.
Dominá-la sempre foi tão fácil para ele. Desde o início, seus esforços permaneceram inúteis contra ele.
Ele finalmente estava na frente dela em alguns passos curtos antes de arrancar a arma de seus braços flácidos. Ela gritou e soluçou em protesto, mas ele a agarrou pelo braço, puxando-a para cima para arrastá-la.
Antes que ela percebesse, Leyla caiu na cama.
Com a arma finalmente fora de suas mãos, Matthias pairou acima de sua forma de bruços em cima da cama. Leyla ainda estava muito preocupada em vomitar e soluçar enquanto se deitava molemente na cama, sentindo-se tão sem esperança em relação à sua vida.
— Eu disse para você me matar, — Matthias murmurou calmamente, antes de soltar a segurança da arma, assim como ele a aconselhou a fazer antes. Ele então olhou para a expressão flácida dela, os soluços ainda escapando de vez em quando. — Se você não pode fazer isso, eu tenho que fazer, Leyla.
Um som metálico tilintando penetrou ecoando pela sala silenciosa, e os soluços de Leyla se intensificaram, quase histéricos agora. Ela piscou para conter as lágrimas que continuavam borrando sua linha de visão, eventualmente conseguindo olhar para ele com os olhos cheios de lágrimas.
A arma agora estava apontada para sua testa.
“— Você quer que eu te poupe? — Matthias sussurrou baixinho para ela enquanto ela piscava para conter as lágrimas para ele.
Ela olhou para ele com uma expressão confusa, seu tom de voz suave e misericordioso em seus ouvidos. Ela acenou com a cabeça para ele.
Tudo parecia surreal para ela, quase como se estivesse em um sonho. Havia uma névoa em seu cérebro, convencendo-se de que nada disso deveria ser real.
Isso tudo foi apenas um pesadelo que poderia se transformar em um sonho…
— Então você deve ser legal —, Matthias sussurrou para ela, curvando-se para ficar mais perto dela.
Ele a olhava de forma tão carinhosa, ela não pôde deixar de ser tão receptiva a ele, concordando com a condição dele para com ela.
Ela não conseguia dizer não para ele, não quando ele a olhava com tanta ternura…
Com tanto carinho…
Ela perdeu a conta de quanto tempo eles ficaram assim, mas eventualmente, ela o ouviu rir. Alguns segundos depois, houve um baque surdo na sala quando algo caiu no chão. Não foi até ela virar a cabeça para ver o que fez o barulho, que ela viu que era a arma que Matthias estava apontando para sua cabeça.
Ele a poupou e jogou a arma fora. Sua prata opaca refletia levemente o vermelho sangrento do sol poente do lado de fora da janela.
Lágrimas caíram de seus olhos mais uma vez em riachos, molhando os lençóis sobre os quais ela se deitou, enquanto o alívio começava a se espalhar em seu corpo, enquanto a energia gradualmente se esvaía dela.
Um doce sussurro de Matthias quebrou o alívio em sua mente nebulosa.
— Como é desagradável. — Ele falou, referindo-se à arma descartada, enquanto simultaneamente acariciava a cabeça dela com amor com aquela voz doce e aveludada em seus ouvidos…
— Está tudo bem, Leyla. — ele sussurrou para ela, as mãos calejadas lentamente virando-a para encará-lo mais uma vez, — Vou me certificar de limpar qualquer coisa suja só para você.
Sua consciência se apagou antes que Leyla pudesse testemunhar mais alguma coisa dele. Era tudo o que ela conseguia lembrar quando o mundo escureceu ao seu redor.
Quando recuperou a consciência, Leyla se viu sentada em uma banheira cheia de água morna. Grogue, ela olhou ao redor, antes de ver o rosto de Matthias através do vapor fino.
Ele parecia tão calmo como ela o viu pela última vez.
— Está muito quente? ,— Ele perguntou assim que seus olhos se encontraram. Leyla balançou a cabeça humildemente em resposta a ele.
Ela se lembrava de não ter desmaiado, mas também não conseguia se lembrar de como chegou aqui.
“Não.” Ela imediatamente se corrigiu. Havia uma vaga lembrança no fundo de sua mente, mas não parecia ter sido real.
Levantando-se sozinho da cama, Matthias foi direto para o banheiro. Enquanto o sol continuava se pondo lá fora, ela se lembrava de ouvir os sons da água fluindo da banheira e as batidas rítmicas de seus passos.
Durante todo esse tempo, Leyla permaneceu imóvel e olhou para o teto, toda a luta perdida dentro dela, resignando-se inconscientemente sob o controle de Matthias.
E então ele voltou para o lado dela.
Ele deu um tapinha na cabeça dela como se elogiasse uma boa criança, antes de tirar habilmente suas roupas sujas em um ritmo sensual. Ele não tinha pressa em despi-la, seu toque demorando mais do que deveria em certos lugares. Foi uma sensação terrível, mas Leyla não refutou seus toques, apenas os deixou acontecer.
Em algum momento, a vergonha que ela sentiu acabou desaparecendo. Embora ela odiasse tudo, ela só queria dar a ele tudo o que ele queria dela para que ele a deixasse em paz.
Todos aqueles momentos pareciam um mundo muito distante, um mundo que ela pensava ser perfeito só podia ser impossível. Mas tudo tinha sido real. Sentada diante do Duque, nua na frente dele, ela não conseguia reunir uma única emoção.
— Olhos,—
— Matthias sussurrou para ela, e imediatamente ela entendeu o significado da palavra após um breve pensamento.
Quando ela fechou os olhos como uma criança gentil, as mãos de Matthias acariciaram seu rosto. Para um homem que nunca teria cuidado de um cachorro em sua vida, ela esperava que ele fosse desajeitado, mas ele lavou Leyla com bastante calma e eficiência.
Leyla olhou fixamente para a frente, curvada minuciosamente em seus cuidados enquanto suas mãos se moviam abaixo de seus ombros. Seus dois braços ao redor do joelho estavam apertados um no outro, enquanto a vida e o foco gradualmente retornavam aos seus olhos. O som de água caindo parou e os dois se entreolharam em silêncio.
— Seja legal, Leyla. — Matthias a lembrou bruscamente antes de juntar o cabelo molhado de Leyla, que cobria seus ombros e peito, e o jogou nas costas. Leyla tremeu silenciosamente quando começou a sentir frio.
— Você prometeu, não foi? — Mathias continuou e atraiu o olhar de Leyla de volta para ele de novo e de novo.
Ele era viciado em qualquer atenção que ela lhe desse. Ele ansiava por isso desesperadamente.
Leyla, que estava estalando os lábios várias vezes agora, logo abaixou os braços que cobriam o peito para longe dele. Era quase como se ela finalmente estivesse entregando o controle para ele uma segunda vez naquele dia.
Era atraente.
Não houve mudança significativa na expressão de Matthias enquanto seus olhos continuavam a percorrer toda a sua forma nua. Seu olhar atento estava olhando para as mudanças óbvias em seu corpo, especificamente seus ombros magros.
Um leve indício de constrangimento e satisfação veio à sua mente, mas acabou desaparecendo no nada.
— Vou comprar aquele bolo de novo amanhã. — Ele disse enquanto atraía o olhar errante de Leyla de volta para ele mais uma vez.
Leyla olhou para ele com uma expressão confusa.
A situação atual em que ela estava e a promessa para ela eram tão estranhas e engraçadas para ela. Mesmo assim, ele parecia uma pessoa que poderia fazer qualquer coisa que quisesse.
Era sua única personalidade.
— Eu não preciso disso, — Leyla murmurou cansadamente em resposta. Tudo o que ela podia sentir era uma sensação doentia nela e pura exaustão de tudo o que tinha acontecido de longe apenas neste dia.
Era quase como se ela estivesse no meio de outra guerra. Um que só recomeçaria a cada novo amanhecer que viesse, como outra guerra, se repetiria amanhã.
— Não. — Matthias recusou, ele foi bastante inflexível em sua recusa. Parecia que até mesmo as opiniões dela não importavam para ele também. — Você gosta disso. — Ele declarou com confiança e firmeza. Leyla riu sem humor.
— E o que eu gosto e não gosto? — Ela perguntou a ele retoricamente: — Minhas preferências significam alguma coisa para você?
Leyla dobrou os joelhos novamente e passou os braços em volta deles. Ela ainda se encolheu na banheira. Dessa forma, no final, ainda pareceria que ela estava negando algo a ele.
Matthias sorriu languidamente em vez de responder.
De alguma forma, isso só serviu para enervá-la um pouco mais. Fazendo-a sentir- se tão sufocada com o quão amigável seu sorriso continuou a aparecer. Foi então que o ferimento no braço dele na banheira chamou sua atenção.
Leyla examinou a ferida, que parecia estar exposta sob a manga de sua camisa enrolada com os olhos semicerrados. Era uma cicatriz, presumivelmente feita não muito tempo atrás. De repente, ela percebeu que aquele homem era um oficial do exército. Aquele que era capaz de dominar a cidade através de uma frente feroz.
Percebendo o que Leyla estava olhando, Matthias começou a abaixar a manga da camisa com um sorriso suavizado, mas Leyla o impediu agarrando seu braço com força.
— Deve ter doído muito. — Leyla se perguntou suavemente, os dedos acariciando suavemente sua cicatriz como um médico que a examinava cuidadosamente.
Isso fez Matthias rir maravilhosamente de sua suavidade.
— Que coisa estranha para se preocupar, quando nem mesmo um momento atrás você apontou uma arma na minha direção. — Ele apontou com grande diversão para ela, fazendo-a fechar os lábios de espanto ao ouvi-lo rir tão puramente com ela.
— Não doeu. — Ele cedeu não muito cedo, e as sobrancelhas de Leyla franziram, quase como se ela estivesse fazendo beicinho com suas palavras.
— Mentira. — ela protestou fracamente
— É a verdade.
Matthias logo removeu o aperto de Leyla sobre ele e colocou a mão dela de volta na banheira. Assim que a conversa parou, o som de água caindo encheu o banheiro novamente enquanto eles se acomodavam em um silêncio combinado.
Leyla estava olhando para a superfície das águas turvas ao seu redor com olhos vermelhos. Ela gostaria que ele parasse agora, mas Matthias lavou Leyla como se fosse um menino cuidando de seu precioso brinquedo. Ele não teve escrúpulos nem hesitações em tocá-la, mesmo quando suas mãos esfregaram seu estômago inchado.
Era como se ele não se incomodasse com a existência da criança em seu estômago. Como se ele não se importasse nem um pouco com isso.
Ele passou a acreditar que o bebê era filho de outro homem?
Leyla prendeu a respiração com ansiedade. O pensamento a perturbou muito. Ela não tinha dúvidas de que até mesmo seu bebê estava nervoso, já que atualmente não estava se movendo ou dando a ela qualquer sensação de vibração.
Matthias continuou a limpar e lavar seu corpo com grande facilidade. Embora ele a servisse como um servo, ela não tinha a ilusão de que ele ainda era seu mestre.
Confusa, Leyla finalmente fechou os olhos e optou por apenas ficar sentada e deixar o toque dele acariciar seu corpo.
Apesar disso, ela podia sentir sua respiração gradualmente ficando irregular.
Matthias enxugou o corpo lavado de Leyla e começou a vesti-la. Ele então secou o cabelo molhado antes de colocá-la em um novo lençol da cama.
Leyla estava com o rosto em branco enquanto ele fazia tudo isso por ela.
Às vezes ela olhava para ele com um olhar penetrante, mas logo depois ela baixava o olhar ou virava a cabeça para longe dele. Fora isso, ela parecia calma como se tivesse se tornado uma boneca sem barbante à vista.
Matthias, que começou a diminuir a luz da sala, acabou encontrando uma gravata e foi pegá-la antes de voltar para Leyla.
Ela ficou perfeitamente imóvel e olhou para ele, piscando os olhos como uma coruja para ele.
Com um tapinha reconfortante na bochecha, Matthias gentilmente amarrou as mãos de Leyla com segurança em um nó difícil, mas não antes de envolver seus pulsos com um pano macio. Ele não queria que ela se machucasse se ela lutasse contra suas restrições.
— Dorme. — Ele ordenou a ela, antes de trazer a outra ponta da corda para o pilar da cama e começar a enrolá-la firmemente no poste. Matthias então veio ao lado dela depois, cobrindo bem seu corpo com um cobertor quente, colocando-o confortavelmente em volta dela.
Ele então a deixou sozinha.
Leyla se viu se revirando algumas vezes antes de se acalmar novamente. Ela permaneceu na mesma posição até que ele voltou do chuveiro. Seus olhos foram atraídos para ele imediatamente, parecendo inocentemente sem noção, como se ela não soubesse o que estava acontecendo ao seu redor.
De banho e vestido, Matthias soltou o nó do poste, mas não a soltou, pelo menos não totalmente. Em vez disso, ele deu um nó forte apenas em um dos pulsos dela e amarrou o pulso dele na outra ponta da corda.
Leyla apenas observou e não resistiu novamente desta vez, e ela ainda parecia exausta. Considerando o que aconteceu hoje, era compreensível.
Apagando as luzes, Matthias deitou ao lado dela, suas mãos atadas descansando uma ao lado da outra.
— Não vá. — Matthias sussurrou na escuridão, seus dedos se contorcendo para alcançá-la. — Fique comigo.
Seu tom era tão suave e cativante que fez seus olhos arderem ao ouvi-lo. Mas ela não daria uma única resposta. Matthias agarrou a mão dela, seu aperto aumentando gradualmente para mantê-la ainda mais com ele.
— Boa noite, Leyla. — Ele disse, beijando sua testa.
O ato era muito íntimo, mais do que apenas amigável e fora de harmonia com este campo de batalha entre eles.
Leyla se viu caindo no sono enquanto balançava o olhar para frente e para trás em seu pulso amarrado e seu rosto sereno.
Ela se viu sonhando em um sono profundo.
Foi tão pesadelo quanto triste.
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Tradução: Eris
Revisão: Viih
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