Chore, Melhor Ainda Se implorar - Novel - Capítulo 136
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✧ Seu sonho de tornou realidade ✧
✧ Capítulo 136 ✧
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— Não há muito que eu possa fazer pelo paciente no momento, Major.
O médico militar abriu a boca com uma cara estranha. Era muito constrangedor ter que repetir as mesmas palavras todos os dias na frente de seu superior cada vez mais frio.
— Por que?
A resposta do major que voltou também foi a mesma.
— Como você sabe, ela está grávida, então não posso usar remédios descuidadamente. Se algo der errado, a criança no estômago…
— Estou perguntando sobre Leyla agora. — Matthias interrompeu rudemente, o que acabou abrindo caminho para uma nova tensão na sala entre os atuais ocupantes.
O médico militar se encolheu com a dureza do major, especialmente quando Matthias imediatamente se levantou.
Antes que qualquer outra coisa pudesse acontecer, a porta se abriu para revelar Kyle quando ele finalmente voltou.
Uniforme amassado, cabelo despenteado e olheiras sob os olhos, Kyle manteve um olhar assassino quando seus olhos pousaram em Matthias. Mas ao contrário dele, Matthias apenas manteve um olhar quieto e assombrado em seus olhos.
Ao contrário de Kyle, que o encarava como se fosse matá-lo, os olhos de Matthias eram consistentemente silenciosos.
No primeiro dia em que foi chamado à sala, ele testemunhou uma briga implacável entre os dois homens. Mas mais da parte do Soldado Etman do que da parte do Major.
Kyle, que viu Leyla morta, ficou meio louco e o atacou sem hesitar.
Se ao menos ele pudesse matar aquele demônio.
No entanto, mesmo que Kyle amaldiçoasse, acenasse com o punho e fizesse barulho, Matthias não demonstrou nenhuma reação.
— Salve Leyla.
Foi tudo o que ele disse a Kyle.
Ele a arruinou, levou-a ao limiar da morte e ousou dar tal ordem a ele?! No entanto, Kyle não rejeitaria a ordem.
Afinal, é Leyla. Por que ela deveria sofrer pelo que o Major fez? Mesmo que não fosse uma ordem de major, ele tinha que salvar Leyla a todo custo. Mas era, então ele não podia fazer mais nada sobre isso.
A condição de Leyla não melhorou nada. Às vezes, quando sua consciência voltava de vez em quando, ela reconhecia Kyle e dizia coisas como se ele tivesse voltado para seu amigo de infância, mas isso era tudo.
— Concentre-se em Leyla, não na criança. — Matthias sibilou: — Apenas pense em Leyla e certifique-se de que ela esteja curada! — falou Matthias depois de olhar para Kyle, antes de se dirigir ao médico mais uma vez.
— Mas Major, a mãe e a condição do bebê não estão separados. Inevitavelmente juntos-
— Use o remédio! — Matthias ordenou e o médico fechou a boca ao ouvir a voz alta: — Use o remédio para baixar a febre dela e acorde-a!
Finalmente, Kyle quebrou o silêncio sobre o assunto.
— Ela já está muito adiantada na gravidez. — Kyle fervilhava com ele: — Se usarmos qualquer um dos remédios mais fortes, a criança nascerá morta!
— E daí? — Matthias estalou antes de olhar para Leyla, que estava respirando com dificuldade. — Traga seu remédio, Etman.
— VOCÊ QUER MATAR A CRIANÇA?! — Kyle perguntou incrédulo.
— Eu não me importo com o que aconteça com a criança, — Matthias admitiu com sinceridade, e Kyle não pôde deixar de zombar.
— COMO VOCÊ PODE-
— Você está aqui para salvar Leyla, — Matthias cortou, seu tom mais ameaçador do que antes enquanto olhava para Kyle, — Faça o que é pedido de você e nada mais.
Ele perdeu a preocupação em manter a criança viva no momento em que percebeu que perderia Leyla de qualquer maneira. É verdade que quando a criança morresse, a última esperança de reconquistar Leyla ao seu lado para sempre desapareceria.
É o pensamento que mais o fez hesitar sobre o tratamento que ele sabia que poderia salvar a vida de Leyla. Mas enfim…
Ele preferia suportar o inferno de deixá-la ir e viver sua vida do que vê-la morrer.
Não havia mais nada a considerar. Nada mais importaria, e isso é o que Matthias veio fazer.
— COMO VOCÊ PODE ME DIZER PARA MATAR O FILHO DELA TÃO INSENSIVELMENTE?! — Kyle persistiu, — VOCÊ JÁ LEVOU EM CONTA OS SENTIMENTOS DELA NESTE ASSUNTO, OU APENAS SEU EGOÍSMO DE NOVO!? — Kyle explodiu em raiva por não poder mais se conter.
Riette, que estava assistindo de longe, também interveio para colocar seus pensamentos.
— Concordo, Matthias. — disse Riette suavemente, — Já estamos em guerra, e se aquele filho que a Srta. Lewellin tem é seu filho, você também deve salvá-lo. — Seus olhos estavam sérios quando ele olhou para Matthias.
— Se você fosse morto e morresse, e se aquela criança no estômago dela fosse sua, seria o único sucessor de Herhardt.
Riette falou na contagem da nobreza. Era a coisa certa a fazer se você fosse o herdeiro de uma família de prestígio. E Matthias von Herhardt era considerado o aristocrata mais perfeito deste império.
— Seja razoável. — Riette insistiu, implorando ao duque racional que sabia que Matthias era. Depois de um olhar para Kyle e Riette, que estavam na frente dele em protesto, Matthias virou-se rapidamente para enfrentar o médico militar novamente.
— Dê-me o remédio. — Ele imediatamente exigiu isso. A voz calma que quebrou o silêncio pesado não era diferente de antes. Se ninguém tivesse coragem de salvar Leyla, ele mesmo o faria!
— Vou salvar Leyla.
Matthias repetiu as ordens a sangue-frio como se não soubesse de nada além disso.
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“Meu sonho se tornou realidade.”
Leyla pensou feliz. Mesmo sabendo que era impossível, o sonho que tinha no fundo do coração tornou-se realidade.
Era o início do verão, quando a floresta de Arvis se tornaria do mais belo verde.
Ela pedalou com entusiasmo em sua bicicleta e correu para a cabana. Ela vestia o uniforme de verão da Gillis’s Girls’ School, onde a bainha de seu vestido azul esvoaçava ao sabor do vento que balançava a floresta.
A velha bicicleta rangeu e parou em frente ao galpão no pátio da cabana. Leyla saltou ligeiramente da bike, correndo rapidamente a distância restante para casa.
Não demorou muito para trocar de roupa e sair de novo.
Ela usava um chapéu de palha de abas largas e segurava uma grande cesta, caminhando suavemente em direção à floresta profunda como se dançasse. Ela ia colher framboesas até que Kyle viesse estudar juntos. Ela teve que fazer geléia de framboesa suficiente para caber nas garrafas de vidro antes do final deste verão.
Sim, foi um sonho realizado. No início do verão, quando ela tinha apenas dezoito anos. Quando tudo ainda era diversão e dias felizes.
Leyla cantarolava e colhia framboesas. Ela também pensava no cardápio do jantar de vez em quando. Tanto para o tio Bill quanto para Kyle, ela poderia fazer suas comidas favoritas. Ela deveria ter pedido ao tio Bill para pegar a galinha?
Enquanto pensava diligentemente e colhia framboesas, Leyla chegou à margem do rio. O cheiro de água fez cócegas em seu nariz enquanto ela enxugava a testa suada.
Agora, esses dias continuarão todos os dias. Leyla percebeu que seu sonho se tornou realidade e ela pode viver neste tempo para sempre.
Ela estava tão emocionada. Ela sentiu que seu coração estava cheio quando de repente Leyla ouviu uma criança chorando.
Foi estranho.
Não há crianças nesta floresta. No entanto, o som era muito alto e claro para descartar como algo que ela tinha ouvido mal.
Leyla, que hesitou, largou a pesada cesta por um tempo e olhou na direção de onde veio o grito. E depois de um tempo, ela avistou uma criança estranha chorando. Uma criança pequena e bonita, que parecia ter a idade de Leyla quando foi abandonada pela mãe, chorava e caminhava sozinha ao pé do rio.
Intrigado, os passos de Leyla vacilaram antes que ela recuasse.
Ela não sabia quem era a criança. Ela gentilmente pressionou a palma da mão contra o peito latejante e balançou a cabeça.
Ela teve que correr de volta para a cabana. Tio Bill estará de volta em breve. Ela tinha que fazer o jantar para os três.
“Mas quem é esse? Por que a criança está chorando?”
Leyla deu um passo para trás, repentinamente dominada pela vontade de chorar. Nesse ínterim, o choro da criança só aumentou.
“O que devo fazer? O que devo fazer?”
Ela mordia os lábios de nervoso. Seus ouvidos zumbiam com os gritos ensurdecedores da criança desconhecida.
E então ela engasgou, as pupilas dilatadas quando uma visão passou bem na frente dela.
Foi confuso no começo até que gradualmente se tornou mais e mais claro…
E então ela viu os olhos azuis.
Assim que Leyla percebeu que era Matthias quem estava olhando diretamente para ela, ela de repente percebeu outra coisa.
Mãos grandes e firmes agarraram seu queixo e começaram a abrir sua boca. Naturalmente, ela resistiu fracamente em protesto, confusa e sem saber o que estava acontecendo. Depois de um tempo, algo macio, duro e frio tocou seus lábios.
Era um frasco de remédio.
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Um grito agudo irrompeu em toda a sala.
O grito de Leyla foi tão alto que os outros ocupantes acharam difícil acreditar que ela era a mesma mulher que estava apenas sofrendo, até mesmo morrendo, apenas um tempo atrás.
— LEYLA! — Kyle a chamou, enquanto o médico e Riette permaneciam inutilmente um de cada lado. Eles olharam para ele timidamente, mas Matthias, que estava segurando uma mão de Leyla, permaneceu surpreendentemente calmo.
— Está tudo bem. Você vai ficar bem logo. — Matthias prometeu baixinho enquanto continuava a dominar Leyla, que estava lutando, e então fixou os olhos no frasco de remédio e o agarrou apressadamente. No entanto, Leyla continuou a se debater incansavelmente enquanto gritava contra seu domínio!
— NÃO! SAIA DE PERTO DE MIM! EU NÃO QUERO! —ela gritou a plenos pulmões.
— NÃO SEJA TEIMOSA, LEYLA, — Matthias grunhiu enquanto continuava a manter a cabeça dela parada para forçar o remédio em sua garganta.
— MEU BEBÊ! MINHA FAMÍLIA! QUEM É VOCÊ PARA MATAR MINHA FAMÍLIA?!
A carranca de Matthias se aprofundou quando ele olhou para Leyla, se debatendo e gritando como se fosse o diabo.
— SE CONTINUAR ASSIM, VOCÊ VAI MORRER. — Ele apontou para ela, colocando os dedos ao lado de sua boca, para abri-la. Um olhar frustrado emergiu de seus olhos quando Leyla começou a morder e arranhar suas mãos.
Soluços histéricos quase substituíram seus gritos, mas Matthias não recuou nem um pouco.
— Pa-pare! — Ela ofegou para ele, toda frágil e enfraquecida, membros finos como galhos, mas seu aperto na mão dele segurando o frasco de remédio era teimosamente forte quando ela o empurrou para longe dela.
O desespero em sua voz finalmente acalmou suas mãos.
— Eu menti. Eu menti. EU MENTI!!! — Leyla murmurou sem fôlego, olhos arregalados e em pânico enquanto implorava a ele: — É seu bebê! É apenas o seu bebê!
Lágrimas que escorriam sem parar encharcavam seu rosto febril.
— Eu sei, — respondeu Matthias sem qualquer hesitação ou remorso, pois sua determinação permaneceu forte. Era um fato que ele sabia desde o início e nunca duvidou por um momento. E isso não teve nenhum efeito na decisão de Matthias.
Ele mataria seu filho para salvá-la.
Apenas Leyla era importante para ele.
Leyla olhou para ele atordoada, em completa descrença no homem que agora segurava a vida de seu filho em suas mãos literalmente.
Matthias foi firme. Ele não estava recuando.
— Não, é você… é o seu bebê! — Ela soluçou enquanto ofegava e implorou a ele para poupar seu filho. Suas divagações se tornaram inconsoláveis enquanto ela continuava a
Leyla murmurou incompreensivelmente.
— Você vai matar o bebê mesmo sabendo que é seu filho?!
— Eu estou te dizendo a verdade. — ela soluçou, mas Matthias permaneceu em silêncio, —Pode parecer com você. — Ela tentou novamente, mas nada. Ele permaneceu quieto, e seu domínio sobre ela ainda era forte.
— O bebê, ele te ama. Ele ama você, meu bebê. — Ela murmurou, delirante e enfraquecida. Ainda assim, Matthias permaneceu em silêncio, mesmo quando os apelos de Leyla se tornaram mais desesperados.
Disto, Matthias não conseguia compreender a importância. Leyla continuou a falar besteiras para ele. Se a criança se parece com ele ou gosta dele, isso não significa nada para Matthias.
A criança só serviu de desculpa para ter Leyla ao seu lado sem obrigá-lo a matá-la, então era importante naquela época, mas não mais.
A criança em seus olhos agora não passava de outro parasita, tentando tirar Leyla dele. E Matthias não podia tolerar esse tipo de existência. Mesmo que seja o filho dele fazendo isso.
Ninguém tiraria Leyla dele. Ele não vai permitir isso.
Renovado com esse conhecimento, Matthias agora escalou a forma frágil de Leyla, segurando o frasco de remédio com força.
— NÃO! NÃO FAÇA ISSO! NÃO MATE MEU BEBÊ! EU TAMBÉM ESTOU MORRENDO! SE MEU BEBÊ MORRER, EU VOU MORRER TAMBÉM! — Leyla gemeu enquanto lutava com todas as suas forças. — SEM O MEU BEBÊ, ESTAREI TOTALMENTE SOZINHA NO MUNDO! EU VOU MORRER! ACHO QUE NÃO AGUENTO. ENTÃO POR FAVOR.
A essa altura ela nem tinha mais forças para manter os olhos abertos, mas Leyla…
Ela ainda se agarrava firmemente a ele. A de Matthias se aprofundou ainda mais enquanto ele olhava para o estado cada vez mais fraco dela, uma dolorosa guinada em seu coração com a declaração dela.
“E quanto a mim?” Ele queria perguntar, mas não podia.
Por que ele não pode ser sua família em vez disso? Ele vai cuidar dela, dar-lhe tudo o que ela deseja.
Ele estaria com ela sempre, então ela nunca estaria sozinha.
Ele está bem aqui com ela, sempre esteve, e ainda assim Leyla continuou a dizer que está sozinha. Ela já havia considerado que ele nunca seria parte ou importante para sua vida então?
Seu aperto eventualmente afrouxou, e o frasco de remédio rolou da mão de Matthias enquanto ele olhava para Leyla. Sua risada oca fluiu impiedosamente de seus lábios, enquanto a garrafa de vidro se estilhaçava em um milhão de pedaços ao cair no chão.
— Leyla, se você quer salvar seu filho, você também deve viver. — Mathias, que abriu os olhos lentamente fechados, olhou para Leyla com um olhar mais convincente.
— Se você der sua vida para salvar a criança, ela morrerá de qualquer maneira. — Ele disse a ela gentilmente, acariciando seu queixo…
— Porque se você morrer só para salvá-lo, — antes que suas mãos parassem e seu olhar endurecesse. — Eu vou matá-lo. — Ele prometeu a ela. Ele segurou o rosto dela para que ela olhasse para ele, mas os olhos dela ficaram desfocados, seus lábios permaneceram sem palavras com suas ameaças à vida de seu filho.
— Ouça, Leyla… VIVA — ele ordenou a ela em um sussurro, —VIVA… se você quiser salvar aquela criança. Você me entende? — Ele exigiu dela.
Suas mãos tremiam com um calor febril, mas, eventualmente, Leyla encontrou forças para acenar algumas vezes antes de perder a consciência novamente.
Ainda assim, Matthias sacudiu a forma inconsciente de Leyla com urgência para confirmar sua resposta. Ele continuou, mesmo quando estava claro que ela não estava mais consciente.
Terminou somente depois que Riette, que não podia mais assistir ao pesadelo, conseguiu puxá-lo para longe dela e forçá-lo para fora da sala.
Todos na sala poderiam dizer que se Leyla morresse eventualmente…
A criança em sua barriga também morreria, pelas mãos de Matthias.
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Tradução: Eris
Revisão: Viih
✧ MAID SCAN ✧