Chore, Melhor Ainda Se implorar - Novel - Capítulo 138
✧ Em um dia tão lindo ✧
✧ Capítulo 138 ✧
*.·:·.✧.·:·.*
A febre diminuiu ainda mais, então o tempo para a plena consciência de Leyla retornar não demorará muito. Com sua saúde melhorando gradualmente, ela passou a dormir como um tronco na maior parte do tempo em sua recuperação.
Mas, na maior parte do tempo, Kyle continuou a se preocupar com a condição dela e do bebê, mesmo quando sabia que o pior já havia acontecido. Ele sabia disso porque, enquanto ainda era um novato como estudante de medicina, havia muito tempo acompanhava seu pai. Ele sabia que ainda poderia haver outras complicações que poderiam surgir com uma paciente como Leyla. A febre em si teria prejudicado muito sua saúde mental e física.
— Tio… — lela gemeu, virando-se na cama enquanto chamava por seu tio morto. Ela deve estar sonhando com o passado novamente, ele meditou. Tudo o que Kyle podia fazer era ficar ao lado de Leyla, na melhor das hipóteses.
Mas a questão permaneceu. Assim que a condição dela melhorar, o que ele deve fazer a seguir?
A resposta que ele concluiu imediatamente fez o estômago de Kyle revirar desconfortavelmente.
É pura crueldade deixar Leyla ao lado do Duque assim. Mas Kyle estava apenas mais certo de que o homem nunca deixaria Leyla ir. Ele iria tão longe apenas para mantê-la com ele.
Ele deveria fugir com Leyla, então? Faça uma pausa agora e peça perdão mais tarde por agir de forma tão imprudente.
Mas para onde eles iriam?
Nesta época de guerra, nenhum lugar era seguro. Seria mais provável que o duque se colocasse em posição de invadir onde eles residiriam e seria tachado de desertor, condenado à morte por abandonar seu posto.
Sem mencionar que Leyla estava grávida. A viagem por si só poderia estressá-la tanto para uma sepultura precoce ou trabalho de parto prematuro.
“Tio Bill, ajude-nos.” Kyle silenciosamente implorou ao vento, levantando a cabeça para olhar para o teto em desespero.
O que o tio Bill faria?
Ele não sabia. Não importa o quanto ele pensasse, sua mente ficava em branco em qualquer solução possível.
Tudo o que ele sabia era uma coisa, no entanto.
Ele precisava fugir com Leyla, para bem longe daqui. Ele nunca quis submetê-la a mais do tratamento que ela recebia das mãos do duque.
Ele precisava encontrar uma maneira de escapar. Não havia outra escolha para ele.
Pelo bem de Leyla e do bebê, eles precisavam deixar Matthias.
A porta do quarto se abriu assim que ele quis arrancar um punhado de cabelo de sua cabeça. E quando Kyle se virou para ver quem havia entrado, lá estava ele como esperado.
Mathias von Herhardt.
Kyle fez uma descortesia deliberada de não cumprimentá-lo, não que o duque sequer notasse.
Não.
Ele nem olhou para Kyle. Seus olhos já se arrastavam resolutamente para a forma recuperada de Leyla. Em poucos passos curtos, Matthias estava de volta ao lado de Leyla, acariciando suas bochechas como se ele não fosse o responsável por deixá-la assim.
Ele odiava os olhos e as mãos do Duque, e como eles percorriam sem vergonha o corpo de Leyla.
— Tenho algo a discutir com você. — o duque falou primeiro, interrompendo os pensamentos assassinos de Kyle sobre ele.
Kyle apertou a mandíbula e acenou com a cabeça concisamente.
— Então fale. — ele ofereceu rudemente, mas o Duque não reagiu.
— Não aqui, — Matthias disse a ele enquanto colocava o cabelo de Leyla atrás das orelhas, e finalmente se endireitou mais uma vez.
— Mas deixando Leyla sozinha- — Kyle começou a protestar quando a porta se abriu e revelou uma jovem oficial de enfermagem que acabara de entrar, interrompendo imediatamente as preocupações de Kyle.
Confuso com o súbito recém-chegado, Kyle só pôde olhar para o Duque em silêncio.
— Eu acho que isso é adequado para aliviar suas preocupações, — Matthias apontou friamente, — Então venha, Etman, há coisas que preciso discutir com você.
— Não tenho nada para conversar com o Major Herhardt. — Kyle cuspiu, não querendo seguir mais nenhum comando de tal monstro.
— Isso não é um pedido, Soldado Etman. — Matthias olhou para ele com indiferença, — É uma ordem de seu superior direto, qualquer coisa menos que obediência é estritamente proibida.
O olhar de Matthias em Kyle endureceu enquanto ele se posicionava mais uma vez, fazendo Kyle fechar os lábios em uma tentativa de mitigar a instigação da ira do duque. Responder só seria mais problemático no futuro. Leyla precisava dele, então, por enquanto, Kyle vai segurar a língua.
Mas antes que Kyle pudesse responder, Matthias deu meia-volta e saiu da sala. Kyle hesitou por um momento antes de finalmente se levantar e seguir o exemplo.
A discussão entre os dois homens durou mais do que o previsto assim que começaram uma conversa desconcertante.
Uma que Kyle Etman nunca esperava de um homem cruel.
*.·:·.✧.·:·.*
O clima da reunião realizada no 6º Comando do Exército foi bastante amistoso. Os planos militares preparados durante anos em preparação para a guerra estavam indo bem, e o importante objetivo de ocupar Sienna foi alcançado desde o início. Foi uma conquista que zombou das pessoas que tentaram tanto evitar participar da guerra.
— Como o 4º Exército está avançando para a frente ocidental, decidimos manter a unidade aqui como força de reserva para estabilizar a linha de abastecimento de retaguarda em torno da área ocupada por enquanto. — O comandante parado na frente do mapa disse com força.
O general von Delman, que possuía um corpo esguio e usava óculos, parecia em boa forma para alguém com mais de sessenta anos.
— Precisamos dominar adequadamente os guerrilheiros problemáticos.
Seus olhos se estreitaram enquanto seus dedos subiam a estrada de abastecimento de Berg para a parte sul de Lovita até o final do bastão no mapa apresentado no meio da reunião.
Lovitans nos territórios ocupados continuaram resistindo bloqueando estradas ou cortando linhas telefônicas. Ocasionalmente, ataques a veículos de abastecimento ou ataques aos Bergs ganhavam força, o que aumentava a raiva do comandante.
— É por isso que não devemos ser muito complacentes na gestão dessas áreas ocupadas. — O general von Delman reiterou, com uma pequena pitada de arrependimento.
Ele sempre expressou a necessidade de governar a área ocupada com medo, mas o imperador e o príncipe herdeiro sentiam o contrário e não aceitaram ordens severas para seguir as regras especificadas no tratado internacional.
Entre os oficiais da reunião estava Matthias, que se sentou ereto e ouviu atentamente a explicação do comandante sobre as operações e planos futuros.
Se a situação no campo de batalha permanecer inalterada, é provável que ele fique estacionado em Sienna por pelo menos mais algumas semanas.
O que significava que ele só tinha um tempo limitado para mandar Leyla embora dentro do mesmo prazo. Sua respiração ficou irregular por um momento com a ideia de mandá-la para longe dele, mas Matthias logo recuperou a compostura.
— Major Herhardt. — A voz do comandante cortou sua atenção. Ele estava passando os olhos pelos comandantes no olhar de encontro enquanto olhava através do quartel quando eles pousaram no Major.
— Precisamos de um mensageiro para relatar a situação às unidades de retaguarda. — o comandante começou: — E graças aos guerrilheiros, protegidos pelo tratado internacional, dificultando a comunicação, você seria o mais adequado para a tarefa. — Ele terminou antes que seus olhos se estreitassem desafiadoramente para o Duque.
— Além disso, vocês não são amigos íntimos de Sua Alteza, o príncipe herdeiro?
Independentemente do que Matthias queria, o comandante já havia se decidido. Ele sabia que não podia fazer nada para mudar a ordem.
O 8º Exército nas unidades de retaguarda era liderado diretamente pelo príncipe herdeiro. Ele era o oponente mais difícil de lidar, então escolher um mensageiro também foi bastante difícil.
— Sim, general. — Matthias aceitou suas ordens sem qualquer protesto, enquanto sua mente já estava revirando os planos. Seria bom para Leyla deixar seu quarto por um tempo. O ar fresco pode até fazer bem a Matthias. — Eu vou chegar a ele de uma vez.
Satisfeito com sua obediência, o general acenou afirmativamente para ele antes de continuar.
A tarefa não era algo que ele normalmente atribuiria a um soldado como o major Herhardt. Com os rumores circulando também, ele estava preocupado que o major também tivesse enlouquecido com a guerra.
Felizmente, parecia ser apenas isso, rumores.
Mudando de idéia para dar uma palestra sobre a dignidade de um nobre oficial, o comandante encerrou a reunião, encerrando-a um pouco mais cedo. Pelo menos esta tarde, os jovens oficiais do exército de Berg teriam que agradecer ao inimigo por esta pequena pausa. Para ser exato, aos guerrilheiros do país inimigo que lhe deram essa dor de cabeça cada vez maior.
— Este assunto é urgente, então você deve sair o mais rápido possível. — Ele terminou com essas palavras de despedida para Matthias. Com a testa latejando, ele deixou a sala de conferências, encerrando efetivamente a reunião.
Matthias se levantou de seu assento, quando o chapéu que ele usava caiu de sua cabeça. Quando ele saiu do prédio depois que seu uniforme estava limpo e arrumado o suficiente, a luz do sol deslumbrante quase o cegou quando raios dispersos atingiram seus olhos.
O sol estava alto no céu hoje e fez o mundo brilhar com ele.
Matthias riu sem graça de si mesmo com o pensamento, ele estava se projetando na natureza? Ele não tinha certeza. No entanto, mesmo naquele momento, sua postura ereta e seus olhos não pareciam abalados.
— Estamos prontos para a partida, major. — anunciou o motorista, que correu para o lado dele.
Matthias, que assentiu brevemente, virou-se antes de subir no veículo móvel.
O carro que o transportava logo saiu da praça.
*.·:·.✧.·:·.*
A estranha criança ainda vagava pela floresta e chorava sem parar. Agora que o som estava próximo o suficiente, ela podia ouvi-lo da cabana.
Ele está esperando por sua mãe? Procurando por ela?
Alguém estava procurando a criança em troca?
Leyla sentou-se em uma cadeira na varanda e refletiu sobre isso enquanto apreciava o vento soprando suavemente por ela. Leyla conhecia bem a tristeza de ser abandonada por uma mãe que não voltava por mais que esperasse.
Se fossem iguais, ela só poderia sentir pena da criança.
No entanto, Leyla não conseguiu encontrar em si mesma para procurar a criança sozinha. Ela geralmente não era tão indiferente, mas temia o que encontraria se o fizesse.
— Ah, tio Bill! — Leyla exclamou alegremente e saltou para o tio Bill, que voltou com um carrinho totalmente carregado. Sua saia tremulava enquanto ela saltitava pelos degraus.
“— Há uma criança na floresta. — Ela o informou, e ele assentiu.
— Tudo bem. Eu vejo. — Tio Bill respondeu pensativo enquanto organizava suas ferramentas enlameadas.
— A criança continua chorando, — ela apontou, como se o tio Bill fosse surdo para seus gritos, e inclinou a cabeça para ele, — O que devemos fazer? — Ela perguntou a ele nervosamente, esperando ansiosamente por sua solução.
— Acho que eles estão procurando a mãe. — Ela se intrometeu, enquanto estava ao seu lado, observando-o limpar suas ferramentas. — Embora seja mais provável que eles não estejam vindo atrás deles. — Ela terminou, com um suspiro derrotado.
— Então você deve ir. — Tio Bill finalmente falou, e Leyla piscou para ele em choque e confusão.
— Eu? — ela olhou na direção geral de onde podia ouvir o choro da criança. — Mas… eu não os conheço. — Ela apontou, horrorizada.
— Isso é estranho. — Tio Bill, que ainda estava olhando para Leyla, caiu na gargalhada, olhando para ela com um largo sorriso…
No entanto, foi igualmente triste.
— Leyla, você não o conhece? — Ele questionou: — Pense bem, você pode se surpreender ao saber o quanto sabe sobre eles.
— Sério? — Ela piscou para ele, antes de franzir a testa, se aproximando de seu tio, — Então, quem é?
— Eu? Não sei. — Tio Bill deu de ombros de brincadeira para ela, recusando-se a dar-lhe qualquer resposta clara.
— Vá e conheça-o. Você descobrirá quando os vir.
Depois de dizer isso, tio Bill pegou suas ferramentas recém-lavadas e entrou na cabana.
Ela queria segui-lo, mas Leyla acabou mudando de ideia e se virou para o caminho da floresta onde o choro da criança podia ser ouvido.
Assim que chegou à clareira, ela viu a criança. Era um garotinho agachado na beira da estrada na floresta de verão onde os pássaros estariam cantando, todo com o nariz escorrendo e fungando.
— Olá. — Leyla, que estava hesitante sobre o que dizer, finalmente gritou em uma saudação amigável. A criança levantou o rosto encharcado de lágrimas e olhou para Leyla. Seus olhos eram grandes e azuis, claros e bonitos como contas de vidro.
— Por que você está sozinho? — Ela não pôde deixar de perguntar: — Onde está sua mãe?
Leyla cuidadosamente deu mais um passo para mais perto, tentando parecer amigável, mas a criança apenas olhou para Leyla sem emitir um som ou um pio dele.
Quem diabos é esse garoto? Ela não pôde deixar de se perguntar em confusão. Quanto mais ela pensava sobre isso, a criança parecia familiar. No entanto, diferentes e desconhecidos ao mesmo tempo.
Quem era ele?
Leyla de repente parou de andar. Seu coração estava batendo forte e minha respiração estava perturbada. Leyla rapidamente virou a cabeça e olhou para a cabana no final da estrada.
Hoje, ontem e amanhã.
Eles estavam todos se fundindo em um ciclo sem fim.
No fundo dela, Leyla sabia que acabaria apenas aqui. Onde todo dia era o começo do verão. Aqui onde os botões não floresceram e os ovos no ninho do pássaro aquático permaneceram os mesmos. O mesmo aconteceu com a comoção barulhenta à frente com o retorno do duque Herhardt, que havia terminado seu serviço na frente ultramarina.
Nessa época de paz, Leyla queria voltar ao início do verão de seus dezoito anos e viver nele para sempre!
Portanto, ela não deveria conhecer a criança, mas tinha que olhar para trás e ver mais da criança que o tio Bill jurou que ela reconheceria.
Não.
Ela tem que voltar. Ela ainda tinha que preparar o jantar e, depois disso, estudaria para a prova com Kyle.
Mas…
Ela pensou que conhecia a criança. Ela deve conhecer a criança.
Mais especificamente, ela achava que sabia quem seria a criança, cerca de 20 anos depois. Leyla olhou para ele, ela o viu ser exatamente como a pessoa que ela mais odiava no mundo.
E amava tanto quanto o odiava.
Leyla se aproximou da criança hesitante. Conforme ela se aproximava, um passo após o outro…
Ela sentiu que ela acelerava o passo antes de correr e pegar a criança nos braços, e soluçar implacavelmente enquanto ela a aconchegava perto de seu peito.
O vento ao redor deles sacudiu a floresta, chicoteando os dois incessantemente. Quando ela abriu os olhos novamente, ela estava andando de bicicleta na estrada que levava a Arvis novamente.
Quando ela dobrou a esquina da rua, uma estrada Platanus de cor verde se desenrolou. Um homem alto com uniforme de oficial do Império Berg caminhava calmamente pela estrada.
No momento em que o som do enrolamento da corrente se harmonizava com o som do vento sacudindo as folhas, a bicicleta de Leyla passou pelo homem rapidamente sem pensar duas vezes.
Mas algo nela a incitou a olhar para trás. Ela se arrependeria se não o fizesse.
E assim ela fez. Leyla olhou para trás enfeitiçada, embora achasse que não deveria ceder a isso. Ela fez contato visual com o homem que estava olhando para ela.
O momento fez seu coração bater mais rápido no peito e abafou todos os sons ao seu redor.
Leyla perdeu o equilíbrio.
Que sorte que as rodas da bicicleta caída estivessem girando em vão sem parar. Era como um espelho dela, e ela acabou olhando para ele, ela falhou em notá-lo completamente se aproximando dela, até que suas sombras cobriram seu corpo caído.
Ele se aproximou dela. E quando ela olhou para cima, ela sabia que naquele momento tudo começaria de novo para ela também. Esta foi sua ruína e sua salvação.
Então, no início daquele verão, em um dia tão lindo.
Leyla lentamente abriu os olhos naquela memória clara. Ela acariciou sua barriga primeiro. A criança respondeu imediatamente com chutes suaves e esvoaçantes.
“Eu sinto Muito.” Ela se sentou e se desculpou várias vezes. “Sinto muito em dizer que não te conheço, baby.”
Ela respirou fundo e levantou a cabeça, antes de sentir seu coração pular como naquele dia.
Sempre batia por ele, e só por ele. Ela havia se enganado, tão erradamente, em ser terror ou grande ansiedade perto dele. E talvez houvesse momentos em que fosse isso, mas isso não era inteiramente verdade.
Ela sabia disso agora, mais certa do que nunca do que realmente sentia por ele.
— Leyla! — Kyle, que tinha acabado de voltar para o quarto, imediatamente se alegrou ao cair de joelhos ao lado de onde ela estava.
— Você está acordada! — Ele riu alegremente, — Você finalmente acordou. — Ele elogiou.
— Oh, isso é uma ótima notícia. — Ele sorriu para ela, antes de segurar algo para ela ver. — Tenho ótimas notícias para você.
Leyla olhou para ele sem expressão, antes de olhar para o que Kyle estava apontando. Em suas mãos estava um documento…
e o selo nele era do duque.
*.·:·.✧.·:·.*
Tradução: Eris
Revisão: Eris
✧ MAID SCAN ✧