Chore, Melhor Ainda Se implorar - Novel - Capítulo 158
✧ Capítulo 158 ✧
✧ História paralela 6 ✧
*.·:·.✧.·:·.*
As habilidades de natação de Leyla von Herhardt eram, para dizer gentilmente, desastrosas. Parecia quase inútil até mesmo avaliar suas habilidades. Ela estava se esforçando tanto apenas para se manter à tona que dificilmente poderia ser considerada natação.
Enquanto tropeçava, esguichava e vacilava, Leyla soltou repetidos gritos. No entanto, quando Matthias a puxou para perto em um abraço, ela se acalmou, o mais gentil possível, seu olhar firme e cheio de fé inabalável. Matthias sabia naquele momento que ele nunca iria esquecê-lo, o momento ficou impresso em seus olhos e em sua mente para sempre.
A tentativa de Leyla de nadar, se é que pode ser chamada assim, finalmente chegou ao fim quando o sol começou a se despedir. Matthias levantou a exausta Leyla e colocou-a no final do cais. Ela ofegou pesadamente, o som de suas respirações retratando as ondulações da água. Pouco depois, Matthias também se sentou ao lado dela, igualmente gasto.
— Parece que o nível da água no rio Schulter pode ter caído um pouco hoje. Eu engoli muita água —, disse Leyla com um sorriso bobo quando seus olhos se encontraram.
Enquanto olhava para o rosto dela, Matthias observava as gotículas de água viajarem pelo corpo da mulher, como as magníficas gotas de chuva. A água alterou a cor de seu cabelo e bochechas, fazendo com que sua pele parecesse ainda mais pálida em comparação. No topo de seu peito, onde subia e descia bruscamente a cada respiração, gotas de água se formavam e fluíam por sua clavícula delgada como se a água finalmente encontrasse seu riacho para se unir. A tonalidade natural de sua pele parecia ainda mais clara, agora como um cristal.
Lenta, mas seguramente, as gotículas caíram no chão e desapareceram entre suas pernas, sem dizer um adeus.
Matias conseguiu trazer de volta sua expressão alegre. Leyla se viu presa em uma estranha tensão e prendeu a respiração, mesmo que não houvesse nenhum indício de desejo em seu olhar guardado.
Era quase cômico.
Ela não ia nadar nua há algum tempo, mas de repente ela sentiu vontade. Afinal, ele também era o pai da criança que ela havia dado à luz. Eles estavam compartilhando uma cama e acordando juntos todas as manhãs há quase um ano.
— Você pode sorrir mesmo quando algo é desagradável? — Leyla empurrou para trás seus cabelos molhados, revelando seu peito nu, bonito como um céu iluminado por estrelas. — Eu vou parecer ridícula —, disse ela.
A força em seus joelhos firmemente pressionados era quase reflexiva.
Matthias inclinou a cabeça e olhou para ela, um pequeno sorriso puxando os cantos de seus lábios. No entanto, dado o quão mortificante era a situação, parecia que o assunto não era motivo de riso.
Leyla procurou as roupas que havia tirado, brincando com o fio de cabelo, que estava torcido em torno de seu dedo. Mas, em vez de encontrar suas roupas, ela descobriu uma cesta cheia de vestidos e toalhas bem organizados.
Quando percebeu que alguém havia chegado, Leyla parecia envergonhada. Matthias, por outro lado, estava vestido casualmente.
Leyla velou seu corpo nu com um vestido. O toque suave trouxe de volta, lembranças de como ele estava olhando para seu corpo mais cedo, e Leyla ficou mais intrigada enquanto tentava empurrar esses pensamentos para fora de sua mente e as sensações se tornaram mais intensas, gerando desejos selvagens nela.
— Devemos tentar de novo? — Leyla impulsivamente sugeriu. O rio foi subitamente banhado por uma luz profunda e carmesim, que era, ao mesmo tempo, bela e inquietante. Leyla estava pronta para abraçar o fascínio completamente. — Eu me sinto confortável flutuando na água agora. Então se eu pegar um pouco mais de conhecimento…
Matthias respondeu inesperadamente, desamarrando o fio do vestido de Leyla e dizendo: — Devagar, Leyla —. Na brisa do rio, o nó ordenado estremeceu e bateu. — O verão é longo.
A mão grande que apertava seu queixo era gentil e fria. O olhar para baixo que o acompanhava era igualmente suave. Os olhos inferiores de Leyla estavam ligeiramente nebulosos quando ela viu a sombra de seus longos cílios ali.
Ele já estava a poucos centímetros de distância do nariz dela. Sem pensar, seus lábios se separaram quando o aperto em seu queixo se tornou mais firme, acolhendo-o para beijá-la.
— Você pode fazer isso devagar —, a voz de Matthias ficou mais suave e mais baixa quando ele adicionou uma pitada de calor a ela. Leyla acenou com a cabeça em concordância. Ela agora conhecia a fonte dessa tensão. Ela estava certa de que, da próxima vez, ela conseguiria adivinhar.
Matthias, no entanto, simplesmente fixou seu olhar nela intensamente, como se estivesse medindo algo para projetar uma inovação. Seu comportamento enigmático só despertou ainda mais a curiosidade de Leyla.
Ele não hesitou.
Ela poderia pelo menos ter certeza disso. Talvez esse conceito não se aplicasse à vida desse homem. Leyla sabia disso melhor do que ninguém, especialmente quando se tratava de si mesma.
Sim, mas por quê?
Leyla acidentalmente fechou os dedos dos pés no rio, fazendo com que a superfície ondulasse com apenas um leve movimento.
Após escovar os lábios por um tempo, Matthias a deixou ir levemente e em vão. Ele riu e inclinou a cabeça levemente para o lado, como se não tivesse certeza de alguma coisa.
Surpreendeu Leyla. Foi mais um caso em que sua decisão científica, baseada na experiência, foi mais uma vez comprometida.
*.·:·. ✧.·:·. *
A duquesa serviu o jantar em uma mesa montada na varanda do anexo, com vista para o rio Schulter. Não estava claro quem havia preparado a refeição, mas o vapor ainda estava subindo dos pratos quentes.
Leyla olhou para Matthias surpresa, pois ela havia assumido que eles trocariam de roupa e voltariam para a mansão. Mas o homem que teria dado todas essas ordens, simplesmente saiu e entrou na varanda, puxando uma cadeira e gesticulando em direção à mesa com uma série de movimentos naturais, como se fosse a coisa mais natural do mundo fazer por um duque.
Leyla olhou para seu reflexo na porta de vidro do armário. Ela alisou as rugas em sua saia e arrumou seu cabelo frouxamente enrolado impulsivamente. A gola larga de renda de sua blusa balançou quando ela começou a andar novamente.
Ela sentou-se à mesa, e Matthias sentou-se na cadeira em frente a ela. Tudo era servido de uma só vez, de aperitivos a doces, dando à mesa uma aparência luxuosa, representando o céu. Parecia que a mensagem de que as refeições eram desnecessárias tinha sido transmitida de forma eficaz.
Leyla começou a comer deliciosamente, talvez porque estava com muita fome. A atenção de Matthias foi desviada da comida e colada em seu rosto.
Leyla sempre teve pouco apetite, embora comesse consistentemente.
Ela ensinou-lhe que havia uma fórmula específica para aderir quando se tratava do aspecto externo da alimentação. Pegue pequenos petiscos, mastigue-os e depois engula-os antes de passar para o próximo. Continue fazendo isso enquanto bate os lábios e incha as bochechas para obter mais efeito. Uma de suas maiores alegrias na vida agora é ver Leyla consumir sua refeição pedaço por pedaço.
— Ah. Mais tarde, uma vez que Félix é um adulto. — O rosto de Leyla se iluminou de diversão quando ela abruptamente levantou a cabeça. Matthias fez contato visual genuíno com ela após liberar as pálpebras em seus olhos. Leyla pegou o guardanapo com um começo, ao contrário dele, que estava composto. Os lábios que haviam sido vigorosamente acariciados ficara carmesim.
— Quando Félix crescer? — Matias perguntou novamente, lembrando-se da interrupção de Leyla. Leyla não o olhou novamente até que tomou um gole de água para umedecer os lábios. — Seria adorável ensinar Félix a nadar quando crescer.
— Nadar?
— No rio Schulter, é claro.
— Tudo bem —, Matthias concordou prontamente. — Eu ensino.
Mesmo que não tenha sido nada difícil, Leyla estava muito feliz como se tivesse alcançado um grande sonho. Mas pouco depois, ela começou a se sentir ansiosa.
— A propósito, Matthy, você também estará ensinando caça?
— Talvez —, Matthias deu-lhe outra resposta agradável.
Ele aprendeu a caçar, e seu pai lhe deu uma arma com seu nome. Foi também um processo que foi reconhecido como sucessor de Herhardt e uma tradição, transmitida por muitos anos. Leyla parecia bastante insatisfeita enquanto balançava a cabeça para indicar que entendia.
— Vou cumprir minhas responsabilidades, mas Félix vai decidir. — Matthias voltou-se para Leyla após dar uma rápida olhada no castiçal aceso e na peça central. — A capacidade de ler o pensamento de um pássaro ou de ser um grande atirador. Fica com a decisão.
— E você? — Leyla perguntou seriamente depois de um momento de contemplação. — Qual a sua opinião sobre o assunto? Haverá uma caçada nesta floresta neste verão?
— O que você acha? — Matthias sorriu e olhou para sua esposa, que não desviou o olhar de seu olhar.
— Eu não acho que isso vai acontecer —, disse Leyla com olhos suplicantes que eram cristalinos.
— Por que não?
— O Duque de Herhardt é um homem que entende o coração dos pássaros. — Ela é hábil em responder rudemente, mas ela parece bastante séria.
— Você é o cavalheiro mais simpático do império, não apenas neste Carlsbar! — Leyla chamou a atenção de Matthias e ele finalmente começou a rir novamente. Se houvesse pessoal de serviço por perto, a risada teria sido extremamente embaraçosa, mas era muito confortável e deliciosa, no entanto.
Leyla podia dizer que Matthias não tinha nada a dizer além daquela risada divertida. A Floresta de Arvis, onde o Duque voltou, será serena neste verão. Amor é provavelmente outro termo para essa paz. O jantar transcorreu em um ambiente mais informal.
Leyla aliviou a tensão estranha rindo e conversando feliz. Foi um belo momento em que inúmeras estrelas emergiram sobre o sol poente e um fluxo de luz estelar fluiu.
— Ah olha! Há vaga-lumes!
Ela ofegou de espanto com a luz brilhante flutuando ao longo da margem do rio. Pular e correr na frente do corrimão era uma ação tão alegre e despreocupada quanto um passarinho voando.
Após terminar sua refeição e tomar um gole de champanhe gelado, Matthias também se levantou e foi se juntar à esposa. Antes que ela percebesse, um grupo de vaga-lumes que flutuavam suavemente um por um se formou como uma constelação.
Leyla parecia estar em um sonho enquanto observava a onda de luz. Seu pulso estava acelerado como se fosse a primeira vez que ela tinha visto a visão divina do rio Schulter no verão.
Talvez esta tenha sido a primeira vez que ela esteve com ele assim, saboreando os momentos divinos, desfrutando da simplicidade da vida e sentindo amor no fundo, de seu coração.
Leyla virou a cabeça, pronta para abraçar a excitação, mas os olhos azuis de Matthias a cativaram como um feitiço mágico. Seus olhos eram belos do que qualquer outra coisa no mundo e, por um momento, vaga-lumes não significavam nenhum significado diante de seus magníficos olhos.
Leyla hesitou quando a mão de Matthias se aproximou e gentilmente acariciou sua bochecha trêmula. Ao contrário da noite, quando ela estava exausta, ele deu a seu rosto brilhante uma inspeção cuidadosa e satisfeita.
Leyla disse, com as sobrancelhas erguidas: — Por que você continua fazendo esse tipo de piada?
— Piadas? —, questionou surpreso.
— Antes, você era do mesmo jeito.
— Ah —, Matthias riu enquanto dava um aperto na mão de queixo dela. — Leyla, se você se cansar cedo demais, não é muito agradável.
— O que você quer dizer?
Leyla segurava a respiração enquanto ocasionalmente se lembrava da noite em que esse homem se tornara extremamente agressivo. Ela tinha gritado e gemido alto naquele momento antes de perder a consciência. Não era algo que pudesse ser controlado pela vontade, mas ela sabia que Matthias não gostava particularmente disso.
— Eu sinto que você já dormiu o suficiente —, Com a outra mão, Matthias habilmente removeu seu grampo de cabelo. — Você não?
Enquanto sorria, Matthias segurou seus grossos cabelos encaracolados. O corpo de Leyla disparou, fazendo com que sua respiração se tornasse superficial, perturbando sua respiração.
Ela podia ver seus olhos simplesmente abrindo lentamente seus olhos fechados. É como se ela apertasse um interruptor e ele se tornasse alguém completamente diferente. O pensamento de que ela seria a única pessoa no mundo a reconhecer o rosto desse homem aqueceu a respiração de Leyla também.
— Sim. Sua consideração me permitiu descansar adequadamente e comer de forma saudável.
Leyla não entrou em pânico como costumava fazer; ela se dirigiu a ele com um comportamento bastante aberto. Ela estava, sem dúvida, andando em uma superfície dura, e seus dedos dos pés continuavam lembrando-a da sensação das ondulações, mas ela não se importava.
— Então eu vou dar a você em troca. — Leyla tentativamente estendeu a mão e cobriu seu rosto adorável. A corrente de formigamento nos dedos dos pés agora parecia ter sugado todo o corpo. — Faça o que quiser.
Ela reuniu sua confiança para falar de coração.
— Eu desejo.
*.·:·.✧.·:·.*
Tradução: Eris
Revisão: Eris